A Polícia cumpriu os mandados de busca na cidade de Indaial, no Médio Vale do Itajaí.
A Polícia Civil de Santa Catarina cumpriu mandados de busca e apreensão em Indaial, no Vale do Itajaí. Os cumprimentos foram nas residências de pessoas investigadas por participarem de um grupo criminoso responsável por fraudar laudo de vistoria de seguradora, com o objetivo de subtrair carga de sinistro.
Na sexta-feira (05), na casa do homem que seria o regulador do grupo, foram apreendidos diversos objetos e documentos. Além disso, na residência do guincheiro do grupo, foram localizadas parte da carga de batata fritas e sacas de arroz. A carga teria tido dada como furtada durante um tombamento em um laudo emitido pelos suspeitos.
A investigação, que identificou o grupo criminoso responsável por fraudar laudo de vistoria de seguradora com objetivo de subtrair a carga de sinistro, é da Delegacia de Roubos de Veículos da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (DEIC/PCSC) da Polícia Civil.
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O principal alvo da investigação, responsável por orquestrar a fraude, presta serviço para empresas reguladoras/seguradoras em atendimento a local de sinistros (tombamentos de cargas nas rodovias), realiza emissão de laudos e destinação de resíduos a aterros sanitários de cargas tombadas, furtadas ou roubadas.
SOBRE AS CARGAS
Em agosto do ano passado, uma operação realizada pela Delegacia de Furtos e Roubos de Cargas/DEIC em Balneário Camboriú, Camboriú, Navegantes e Rio do Sul recuperou cargas de batatas fritas e rústicas da Argentina e carne de frango tipo exportação. Parte das cargas foi localizada em um contêiner e o restante estava sendo comercializada em mercados ponta de estoque. Na ocasião, três comerciantes foram presos em flagrante por receptação.
Até então, acreditava-se que a carga de batatas congeladas, avaliada em R$ 155 mil, havia sido “saqueada” em um tombamento na rodovia BR-470, em Ibirama. Porém, com a evolução da investigação, foi constatado que não houve “saque” e sim uma simulação. O caminhão de fato havia tombado, todavia, a carga não foi saqueada por populares, mas subtraída pelo grupo investigado.
O guincheiro retirou a carga da pista e a ocultou em um pátio sob sua administração. O regulador emitiu laudo de vistoria com informações falsas, alegando que das 2.340 caixas de batata, somente 34 foram recuperadas. Após isso, as 34 caixas foram descartadas em um aterro sanitário e as demais foram vendidas aos receptadores. Em seguida, para dar aparência de legalidade, o regulador repassou orientações ao motorista para o registro do falso Boletim de Ocorrência.
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