A investigação identificou também que esse grupo criminoso mantinha uma vida de luxo
A Polícia Civil, através da Divisão de Investigação Criminal de Blumenau, com apoio da DEIC, DIC de Balneário Camboriú, DIC de Caçador, DTCA-Blumenau, DECOR-Blumenau, DPCAMI-Blumenau e das delegacias de Blumenau (1ª e 2ª), Timbó, Ascurra, Pomerode, Gaspar e Santa Cecília, bem como da 21ª Subdivisão Policial de Cianorte e da Delegacia de Engenheiro Beltrão, estas no Paraná, deflagrou operação “QUEBRANDO A BANCA” para cumprir 21 mandados de busca e apreensão contra 14 pessoas suspeitas de explorar ilegalmente o jogo do bicho. A operação foi realizada nesta sexta-feira (03).
A princípio, há aproximadamente dois anos a DIC de Blumenau iniciou investigação para combater a exploração do jogo do bicho na cidade de Blumenau. Contudo, ao longo desse tempo, foi possível demonstrar que integrantes de uma mesma família exerciam impunemente há mais de uma década a exploração ilegal do jogo do bicho.
A investigação identificou também que esse grupo criminoso mantinha uma vida de luxo, bem como “lavava” o dinheiro do jogo do bicho na aquisição de carros, casas, apartamentos, lancha, jet ski, chácara etc.
Nesse sentido, a Polícia Civil demonstrou cabalmente que esse núcleo familiar mantinha relações unicamente com pessoas ligadas à exploração do jogo do bicho. Assim, no Estado do Paraná. Nas cidades de Quinta do Sol e Cianorte, policiais cumpriram mandados de busca e apreensão contra duas pessoas suspeitas de participarem do esquema criminoso.
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Nas cidades de Blumenau, Caçador, Santa Cecília, Gaspar, Balneário Camboriú, Itapema e Florianópolis também foram cumpridos mandados de busca e apreensão.
Família do jogo do Bicho
Em menos de 2 anos, o grupo criminoso voltado à exploração do jogo do bicho movimentou mais de 15 milhões de reais. Desse montante, a maior parte foi depositada pelos próprios investigados em quantias menores de dinheiro. Para tentar dissimular a origem criminosa dos recursos. Bem como fugir à fiscalização dos órgãos de controle.
Dois dos investigados, inclusive, apesar da movimentação milionária em suas contas bancárias, receberam auxílio emergencial durante a pandemia da COVID 19.
Por isso, reunidos elementos contundentes da exploração ilegal do jogo do bicho, da lavagem de dinheiro e da participação em organização criminosa, representou-se pela prisão preventiva, busca e apreensão, bem como pelo sequestro e bloqueio de bens, direitos ou valores da maioria dos investigados.
A justiça aceitou os pedidos de prisão preventiva e de sequestro e bloqueio de bens, direitos ou valores. Ainda, vale mencionar que um Vereador de Santa Cecília e um policial militar da reserva do Estado de Santa Catarina também foram alvo de busca e apreensão.
Fortuna apreendida
Além disso, durante o cumprimento das buscas o principal operador da banca do jogo do bicho investigada foi preso em flagrante. Pelos crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa e também pela contravenção penal do jogo do bicho. Já que, além da comprovação da exploração do jogo do bicho, ele mantinha um cofre em casa com R$ 32.060 em espécie, 2.500 dólares e cheques que totalizam. Totalizando R$ 338 mil reais.
Além desses valores, a Polícia Civil apreendeu na residência de dois investigados a quantia de R$ 16 mil. Nas cidades de Santa Cecília e Caçador, a Polícia Civil apreendeu máquinas do jogo do bicho, bem como documentos relacionados à contravenção penal.
Por fim, nas cidades de Balneário Camboriú e Itapema, a Polícia Civil também apreendeu documentos relacionados ao jogo do bicho.
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