Essa ação resultou em sua liberdade provisória nesta segunda.
O renomado ex-lateral-direito da Seleção Brasileira, Daniel Alves, desembolsou uma fiança de 1 milhão de euros (equivalente a cerca de R$ 5,4 milhões) para as autoridades espanholas.
Segundo informações da agência Reuters, essa ação resultou em sua liberdade provisória nesta segunda-feira, 21 de março.
Para além do pagamento da fiança, Alves está sujeito a medidas restritivas, incluindo a entrega de seus passaportes espanhol e brasileiro às autoridades.
Embora a autorização para o pagamento da fiança tenha sido concedida na semana passada, o jogador não efetuou o pagamento requisitado pela Justiça, resultando em seu fim de semana detido no presídio Brians 2, em Barcelona.
Ademais, enquanto estiver em liberdade provisória, o ex-jogador do São Paulo e do Barcelona deverá cumprir outras obrigações determinadas pelas autoridades.
A decisão de conceder a liberdade provisória a Daniel Alves, mediante o pagamento de 1 milhão de euros e a observância de algumas medidas, foi deliberada na manhã da última quarta-feira, 20 de março.
No entanto, na última sexta-feira, 22 de março, o Ministério Público espanhol interpôs recurso contra essa decisão.
Condenação por Estupro
Daniel Alves foi condenado a quatro anos e seis meses de prisão por estupro na Espanha. A sentença foi emitida pelo Tribunal Superior de Justiça da Catalunha em 22 de fevereiro.
O jogador já cumpriu um ano de sua pena na prisão, período que será descontado de sua condenação.
Após sua liberação, Alves será submetido a um período de cinco anos de liberdade condicional, além de ser proibido de se aproximar a menos de mil metros do domicílio ou local de trabalho da vítima por nove anos e seis meses.
O Julgamento
O julgamento de Daniel Alves, acusado de agressão sexual contra uma mulher em uma boate de Barcelona em dezembro de 2022, chegou ao fim em 7 de fevereiro, após três dias de procedimentos.
Durante o julgamento, foram ouvidas testemunhas, a vítima, peritos e o próprio acusado.
Apesar do pedido da defesa do atleta para a suspensão do julgamento, alegando violação de direitos como o da presunção de inocência, o Tribunal de Barcelona optou por prosseguir com o processo, considerando que nenhum direito havia sido violado.
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Destacaram ainda que o ex-jogador contou com assistência jurídica desde o momento de sua prisão, o que não configura violação de direitos.
Durante seu depoimento, o jogador afirmou ter consumido excesso de álcool e negou veementemente as acusações de estupro.
À época dos fatos, a vítima tinha 23 anos e acusou o jogador de agressão sexual.
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