Os casos mais comuns são contra mulheres, diz Secretaria de Segurança Pública de Santa Catarina
Em abril deste ano, perseguição digital ou física foi configurada como crime, que pode acarretar em três anos de prisão, com agravantes. A Polícia de Santa Catarina registrou, ao todo, 859 boletins de ocorrência sobre queixas da prática de “stalking”, ou crime de perseguição, desde que a nova diretriz passou a punir a prática, tendo em média mais de uma denúncia a cada cinco dias. Os dados são do dia 31 de março até agosto.
O crime de stalking ocorre quando a pessoa tenta de toda forma, exageradamente, ter contato com alguém específico. Voltado para o meio digital, a prática se caracteriza quando o autor passa a ligar várias vezes, envia diversas mensagens, faz inúmeros comentários nas redes sociais e até mesmo cria perfis falsos para se esquivar de possíveis bloqueios. Este tipo de ação também pode acontecer no mundo físico.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de Santa Catarina (SSP/SC), os casos de stalking são mais comuns contra as mulheres. Em um levantamento, foram registradas 716 vítimas mulheres e 143 homens. Pelo menos 132 municípios do estado registraram caso de stalking, sendo que, em 65 deles têm até 20 mil habitantes.
A capital Florianópolis é líder no ranking de números de denúncias, com 106 registros. Em segundo, vem São José (77 casos) e Blumenau (47). No norte catarinense, Joinville, cidade com o maior número de moradores no estado, aparece em sétimo lugar, com 26 casos.
>> LEIA MAIS: Reunião debate reabertura para visitação do Morro do Bicudo em Apiúna
Confira as 10 cidades com o maior número de ocorrências:
Florianópolis – 106
São José – 77
Blumenau – 47
Criciúma – 40
Balneário Camboriú – 33
Palhoça – 29
Joinville – 26
Brusque – 25
Fraiburgo – 23
Chapecó – 22
Entre as regiões, a Grande Florianópolis registrou o maior número de casos, sendo 234. No Sul do estado, foram 114 casos, e no Vale do Itajaí, 105. Até o momento, não há informações de mortes no estado relacionadas ao crime.
De acordo com delegado Angelo Fragelli, que atua na 2ª Delegacia de Polícia de Itajaí e é professor na Academia da Polícia Civil, os números podem ser ainda mais expressivos, já que em muitos casos as vítimas não realizam a denúncia.
“Ocorre muitas vezes que as vítimas, em determinados lugares, se sentem mais confortáveis ou até mesmo seguras para denunciar os casos que em outros”, explica.
Com informações do G1
Sugestão de pauta