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Família de bebê morto em Timbó nega negligência e maus-tratos e afirma que vai à Justiça

A família do bebê de um ano que morreu no último domingo, 16, no Hospital Oase, em Timbó, enviou uma nota à imprensa na tarde desta quarta-feira, 19.

No texto, os parentes negam que houve negligência ou maus-tratos com a criança e afirmam que “a verdade prevalecerá”.

A família também criticou o hospital, algumas páginas de comunicação e pessoas que usaram as redes sociais para disseminar comentários ofensivos e difamatórios.

A nota diz que estão sendo adotadas as medidas para responsabilizar judicialmente “aqueles que divulgaram informações falsas e aqueles que propagam ataques à nossa honra nas redes sociais”.

O bebê que morreu tinha mielomeningocele, uma condição neurológica grave, caracterizada por uma malformação congênita da coluna vertebral e do sistema nervoso.

A família afirma que o Conselho Tutelar e a Assistência Social do município sempre acompanharam o desenvolvimento do bebê e podem atestar que ele recebeu os cuidados necessários.

Entenda o caso

A criança foi internada depois de apresentar febre, diarreia e vômito.

A família disse que buscou atendimento médico três vezes. Em um deles, diz o relato, “mesmo com o bebê apresentando sinais de que não estava bem, o hospital apenas medicou e deu alta”.

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Em função da mielomeningocele, o bebê fazia uso contínuo de pelo menos cinco medicamentos.

Durante o atendimento, a equipe do hospital levantou suspeitas sobre a condição do bebê e resolveu acionar a polícia para registrar um boletim de ocorrência.

A Polícia Civil de Timbó afirmou que o bebê não tinha sinais aparentes de agressão e que aguarda o laudo para esclarecer as causas da morte.

A principal linha de investigação, até o momento, é a possibilidade de intoxicação medicamentosa.

Abaixo está na íntegra a nota enviada pela família.

NOTA DE ESCLARECIMENTO DA FAMÍLIA

Diante das graves e infundadas acusações que vêm sendo feitas contra nós, manifestamos nosso total repúdio à disseminação de informações falsas, sem qualquer embasamento ou comprovação. Estamos enfrentando a dor irreparável da perda do nosso filho e, além do luto, estamos sendo vítimas de ataques injustos que violam nossa honra e dignidade.

Nosso filho foi diagnosticado com mielomeningocele, uma condição neurológica grave que exige cuidados constantes e especializados. Essa doença, caracterizada por uma malformação congênita da coluna vertebral e do sistema nervoso, pode causar sérias complicações, como dificuldades motoras, hidrocefalia, infecções recorrentes e outros desafios que demandam acompanhamento médico contínuo. Desde o seu nascimento, ele recebeu todo o suporte e atenção necessários, e os profissionais de saúde que acompanharam sua gestação, pré-natal e tratamento podem atestar que sempre fizemos tudo ao nosso alcance para garantir seu bem-estar.

Além disso, o Conselho Tutelar e a Assistência Social do município sempre acompanharam nosso caso e podem confirmar que nosso filho recebeu todos os cuidados necessários. Nunca houve qualquer indício de negligência ou maus-tratos, e todas as nossas ações sempre foram voltadas para garantir a saúde e qualidade de vida dele. Vizinhos e amigos também podem atestar a veracidade dos fatos.

É importante destacar que, nos últimos dias de vida, nossa família buscou ajuda médica por três vezes. Em duas dessas ocasiões, mesmo com o bebê apresentando sinais de que não estava bem, o hospital apenas medicou e deu alta. Apenas na terceira ida, quando o quadro já estava mais grave, foi que decidiram interná-lo e encaminhá-lo para a UTI, de onde saiu sem vida. Diante dessas circunstâncias, se necessário, solicitaremos todos os prontuários médicos e evoluções para que os fatos sejam devidamente esclarecidos.

Infelizmente, algumas páginas e veículos de comunicação irresponsáveis estão divulgando acusações sem qualquer comprovação, buscando apenas engajamento às custas da nossa dor. Além disso, essa exposição irresponsável tem gerado comentários ofensivos e difamatórios de usuários, incentivando discursos de ódio e causando ainda mais sofrimento à nossa família.

É fundamental lembrar que calúnia e difamação são crimes previstos no Código Penal Brasileiro, sujeitos a punições legais. Diante disso, estamos adotando todas as medidas cabíveis para responsabilizar judicialmente aqueles que divulgaram informações falsas e aqueles que propagam ataques à nossa honra nas redes sociais.

Além disso, a exposição pública sem fundamento, especialmente por parte da imprensa, pode ser considerada uma violação ao direito à honra, que é um direito fundamental protegido pela Constituição (art. 5º, inciso X). A veiculação de notícias falsas com o intuito de gerar engajamento (clickbait) pode resultar em ações judiciais por danos morais, conforme o Código Civil (arts. 186 e 927).

Não permitiremos que nossa dor seja explorada por sensacionalismo ou que nossa reputação seja manchada por mentiras. Exigimos respeito à nossa família e à memória do nosso filho.
A verdade prevalecerá.

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