A mulher foi condenada há 90 anos
A tia que matou o sobrinho de dois anos de idade, para que a mãe trabalhasse no Alto Vale do Itajaí, passou por julgamento na última quinta-feira, 16, no fórum de Ponte Serrada, no Oeste. A mulher pegou 90 anos de reclusão, em regime fechado.
A princípio, a condenação foi por homicídio qualificado por tortura, motivo fútil e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima. Além disso, a pena inclui ainda o crime de tortura praticado contra cinco crianças com idades entre dois e 10 anos – a vítima fatal e seus quatro irmãos. As duas condenações tiveram causa de aumento pelo fato de as vítimas terem menos de 14 anos de idade.
A sessão do Tribunal do Júri se estendeu por quase 12 horas. Foram ouvidas quatro testemunhas e dois depoimentos gravados em vídeo. Assim, os trabalhos aconteceram a portas fechadas para garantir a ordem dos trabalhos. Diante da grande repercussão e comoção que o crime causou na comunidade.
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O júri aconteceu poucos dias após o crime completar um ano. De acordo com a denúncia, por volta das 19h do dia 5 de março de 2022, a acusada agrediu o menino com chutes, tapas, socos e chacoalhões que causaram a morte da criança por politraumatismo. Já os irmãos apanhavam com fio de TV, chinelo, sandália grossa, cano de PVC e cinto.
Os detalhes do crime praticado pela tia
Contudo, em dezembro de 2022, o companheiro da acusada foi condenado a 50 anos de prisão, em regime fechado, pelo crime de tortura contra as mesmas crianças. A sentença ainda determinou o pagamento de indenização no valor de R$ 20 mil a cada vítima. O júri também aconteceu sem presença de público.
Consta na denúncia que, além de utilizar os mesmos materiais que a mulher para castigar as crianças quando se sujavam ao brincar, o homem amordaçava e amarrava os sobrinhos em cadeiras para assistirem às agressões ao irmão menor – que acabou morrendo. Em uma das ocasiões, o acusado afogou o menino no vaso sanitário porque ele fazia as necessidades fisiológicas nas roupas. Nesse dia, a perna da criança foi quebrada durante as agressões e precisou de cirurgia.
O casal foi preso dias após a morte do menino. Os cinco irmãos ficaram aos cuidados dos tios para que a mãe trabalhasse em outra cidade, no Alto Vale do Itajaí. O homem é irmão da genitora. O processo tramita em segredo de justiça.
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