Um chicote teria sido utilizado
De acordo com a Polícia Civil de Santa Catarina, a menina Luna Nathielli Bonett Gonçalves, de 11 anos, morta pela mãe em Timbó, em abril, pode ter sido torturada por um objeto semelhante ao usado para domar cavalos.
Segundo o delegado André Beckman, responsável pelas investigações, um relho improvisado com galhos de árvore foi apreendido na última semana, durante o cumprimento de mandados na casa onde a vítima morava com a mãe, o padrasto e as irmãs. O objeto é uma espécie de chicote.
“Buscamos por instrumentos do crime, anotações, documentos que ajudem a entender o contexto da situação que ocorria na casa. Por exemplo, se era um cárcere privado, como alguns relatam, e até se eventualmente a criança possa ter escrito alguma coisa após violências sofridas”, diz o delegado.
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As investigações apontam que a mãe, ao supostamente descobrir que a filha mais velha tinha um namorado e mantinha relações sexuais com ele, teve um ataque de raiva e descontou em Luna a socos e chutes.
“Ela contou que foi prostituta e não queria que as filhas seguissem pelo mesmo caminho. Por isso não aceitava que ela tivesse esse tipo de relações”, finaliza o delegado.
Ainda segundo a Polícia Civil, a família teria proibido a menina e a irmã mais nova de irem à escola porque Luna teria arrumado o namorado lá. As faltas se estenderam por todo o mês de abril. Segundo a Secretaria de Estado da Educação (SED), a escola onde Luna estava matriculada havia comunicado o Conselho Tutelar em 5 de abril sobre a infrequência da estudante na escola.
De acordo com a nota , o procedimento seguiu os critérios do Programa de Combate à Evasão Escolar (Apoia), desenvolvido em parceria com o Ministério Público de Santa Catarina, que diz que a escola deve comunicar o Conselho Tutelar após ausência do aluno em cinco dias consecutivos ou sete dias alternados.
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