O Corpo de Bombeiros Militar havia evacuado as proximidades minutos antes.
Na manhã desta quinta-feira, 13 de janeiro, um casarão histórico foi atingido por um deslizamento de terra em Ouro Preto, MG (vídeo abaixo). O casarão do século XIX, é pertencente a Prefeitura Municipal, e estava interditado desde 2012, quando outro deslizamento ocorreu e comprometeu a segurança do local.
Além do casarão, um outro imóvel onde funcionava um depósito também foi atingido pelo deslizamento que ocorreu no centro histórico da cidade, em um local conhecido como Morro da Forca. Conforme as informações, o local ainda apresenta instabilidade e toda a população foi orientada a sair de casa e não transitar nas proximidades. O número de pessoas que precisou serem evacuadas não foi informado.
Por volta das 08h30 o Corpo de Bombeiros foi acionado para fazer uma vistoria no local, momento em que foi identificado o alto risco e feita a evacuação. Cerca de 40 minutos após a evacuação, ocorreu o deslizamento. Se houver outro desmoronamento, há possibilidade de um hotel e um restaurante serem atingidos.
O coordenador da Defesa Civil, Neri Moutinho, afirmou que, “foi um deslizamento de grande proporção. Felizmente os imóveis estavam vazios. O casarão estava fechado justamente por causa do risco”. “Depois da análise, vamos falar para os moradores se eles podem ou não retornar para as suas residências”, completou o coordenador.
No dia 07 de janeiro, outro casarão tricentenário e tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) havia desabado no bairro de Santa Efigênia. Este casarão estava em péssimas condições de conservação e havia sido adquirido pela Prefeitura meses atrás, após ser abandonado pelos proprietários. A área foi isolada, mas nenhum vizinho precisou ser retirado de casa.
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Após vários dias de fortes chuvas, o Estado de Minas Gerais chegou o número de 25 óbitos causados pelos eventos climáticos. No município de Ouro Preto, um homem de 55 anos morreu após um deslizamento de terra atingir a sua residência, que desabou completamente.
O geólogo da Defesa Civil Municipal, Charles Murta, explicou sobre a situação, “A vegetação é natural, no entanto é insuficiente para garantir a estabilidade em caso de movimentos semelhantes a esse. O que provocou esse movimento foram a declividade da própria encosta, as características geológicas que são típicas na região e o, que foi mais importante, que nós chamamos de gatilho de falha, foi o grande volume de chuvas acumulado desde o dia 26 de dezembro”.
O tenente Pedro Aihara, porta-voz do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, também se pronunciou sobre o risco geológico na região continuar muito alto.
“(As fortes chuvas dos últimos dias) acabam fazendo com que o solo fique saturado de água, e essa saturação pode gerar um movimento de massa mesmo em um momento em que a chuva não está acontecendo”, explicou.
Veja o momento do deslizamento:
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