Segundo o IBGE, 103,6 milhões estão empregadas
A taxa de desemprego no Brasil caiu para 6,2% no trimestre encerrado em outubro deste ano, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do IBGE.
O índice é o menor registrado desde o início da série histórica, em 2012. A redução foi impulsionada pelo aumento do emprego formal e informal, além de avanços em setores como indústria, construção e serviços.
A população ocupada alcançou 103,6 milhões de pessoas, também um recorde histórico, com crescimento de 1,5% em relação ao trimestre anterior e 3,4% na comparação com outubro de 2023.
Já o número de pessoas desocupadas caiu para 6,8 milhões, o menor contingente desde dezembro de 2014. Isso representa uma redução de 8% no trimestre e 17,2% no ano.
Os empregos com carteira assinada no setor privado chegaram a 39 milhões, o maior número da série histórica.
Houve aumento de 1,2% em relação ao trimestre anterior e 3,7% em comparação com o mesmo período do ano passado, impulsionado pela recuperação da indústria.
Os trabalhadores sem carteira assinada também bateram recorde, atingindo 14,4 milhões de pessoas.
Esse número representa uma alta de 3,7% em relação ao trimestre anterior e de 8,4% na comparação anual. Setores como construção civil e serviços foram os principais responsáveis por esse aumento.
A taxa de informalidade ficou em 38,9%, levemente acima do trimestre anterior (38,7%) e abaixo do índice registrado no mesmo período do ano passado (39,1%).
A população informal, que inclui trabalhadores sem carteira e por conta própria sem registro de CNPJ, chegou a 40,3 milhões, com crescimento de 2,1% no trimestre.
O rendimento médio real do trabalhador foi de R$ 3.255, com estabilidade na comparação trimestral e alta de 3,9% no ano. A massa de rendimento somou R$ 332,6 bilhões, subindo 2,4% no trimestre e 7,7% no ano.
Áreas específicas impulsionam a queda do desemprego no país
Setores como indústria (2,9%), construção (2,4%) e outros serviços (3,4%) foram os que mais contribuíram para a geração de empregos no trimestre.
Na comparação anual, a indústria cresceu 5%, enquanto a construção avançou 5,1%. Apenas a agricultura registrou queda de postos de trabalho, com recuo de 5,3% na comparação com o ano passado.
A população subutilizada, formada por pessoas que buscam emprego ou poderiam trabalhar mais, caiu para 17,8 milhões, o menor número desde 2015.
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Já o total de desalentados, aqueles que desistiram de procurar trabalho, somou 3 milhões, o menor desde 2016.
A pesquisadora do IBGE, Adriana Beringuy, destacou em entrevista à Agência Brasil que os dados refletem uma recuperação consistente do mercado de trabalho, com sucessivos recordes positivos quanto ao desemprego no país.
Segundo ela, o aumento da renda média se deu junto com o crescimento da população ocupada, o que diferencia este momento de outros períodos de recuperação econômica, como o início da pandemia.
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