A operação está cumprindo um total de 32 mandados de prisão preventiva.
Na manhã desta quarta-feira (10), o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO), em conjunto com a Polícia Civil de Ascurra, deflagrou a Operação Mão Fantasma.
A ação tem como objetivo desarticular três organizações criminosas de âmbito nacional especializadas em fraudes bancárias, especialmente nos golpes conhecidos como “mão fantasma/acesso remoto” e “falsa central de atendimento”.
A operação está cumprindo um total de 32 mandados de prisão preventiva e 55 mandados de busca e apreensão em diversos estados do país, incluindo Santa Catarina, São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro, Bahia, Paraíba e Ceará.
Os mandados foram expedidos pelas Varas Regionais de Garantias de Rio do Sul/SC e de Blumenau/SC, oriundos da comarca de Ascurra, e pela Vara Única da Comarca de Turvo/SC.
A investigação teve início em 2022, pela Delegacia de Polícia de Ascurra/SC, com o apoio técnico do CyberGAECO, após o registro de diversos boletins de ocorrência relatando a subtração de valores de contas bancárias por meio da instalação de aplicativos de gerenciamento remoto.
Esses aplicativos permitiam aos criminosos controlar os celulares das vítimas e realizar transferências ilícitas de valores.
Durante a investigação, foram identificados os principais números de telefone 0800 utilizados pelos grupos criminosos, simulando falsas centrais de atendimento de instituições financeiras.
Além disso, os suspeitos responsáveis por operar essas falsas centrais e os demais integrantes dos grupos criminosos foram identificados.
Eles eram responsáveis por obter bases de dados de possíveis vítimas, disparar SMS falsos e criar contas correntes em nome de “laranjas” para receber os valores ilegalmente obtidos.
Estima-se que os investigados tenham subtraído mais de R$ 5 milhões de vítimas residentes em Santa Catarina.
Outra investigação, conduzida pela Delegacia de Polícia de Turvo/SC, com apoio da DEIC, foi iniciada após uma idosa de 70 anos registrar uma ocorrência.
Ela foi enganada ao acreditar que estava em contato com funcionários de uma instituição financeira e acabou realizando transferências para os golpistas, resultando em um prejuízo de R$ 86.550,00.
De acordo com as investigações, as três organizações criminosas são responsáveis por pelo menos 255 furtos e estelionatos, através de fraudes cibernéticas, somente no estado de Santa Catarina.
• LEIA TAMBÉM: Morre aos 82 anos, em Blumenau, ex-chefe da Defesa Civil
No entanto, acredita-se que existam possíveis vítimas em todo o país. Estima-se também que os grupos criminosos movimentaram cerca de R$ 90 milhões em transações suspeitas nos últimos 10 anos.
Além das prisões e buscas e apreensões, o Poder Judiciário acolheu as representações da Polícia Civil e os requerimentos do Ministério Público, deferindo medidas assecuratórias de natureza criminal.
Isso inclui o bloqueio de bens, valores e criptoativos de 44 pessoas físicas e jurídicas, além da apreensão e registro de indisponibilidade e restrição de transferência de veículos de luxo.
Essas medidas visam garantir recursos suficientes para iniciar processos de ressarcimento das vítimas dos crimes.
A operação conta com o auxílio das Polícias Civis dos estados de São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro, Ceará e Paraíba, além do GAECO e do Ministério Público do estado da Bahia.
ASSISTA AO VÍDEO ⤵️
Sugestão de pauta