O vídeo que registrou as ofensas rapidamente se tornou viral nas redes sociais.
Na tarde da última terça-feira (3), um fato chocante de racismo ocorreu na plataforma da estação de trem de Deodoro, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. O episódio começou quando um homem negro esbarrou em outro homem branco, que estava falando espanhol. Em vez de um simples desentendimento, o homem branco passou a proferir insultos racistas, declarando: “negros tinham que continuar escravizados por toda a vida.”
O vídeo que registrou as ofensas rapidamente se tornou viral nas redes sociais, chamando a atenção das autoridades locais. O caso agora está sob investigação policial.
Uma testemunha que estava presente na estação gravou as ofensas. Ela descreveu o caso como um momento de choque e indignação. De acordo com as informações da testemunha, os agentes da Supervia chegaram à estação, ouviram as ofensas racistas, mas, não tomaram medidas imediatas.
A testemunha observou que o suspeito estava acompanhado de uma mulher negra que parecia desconfortável com a situação, mas não reagiu às ofensas direcionadas ao homem negro.
A situação levou a uma conversa entre a testemunha e a mulher que acompanhava o agressor, na qual a mulher confirmou ser namorada do agressor, mas também aparentava desconforto com a situação.
Mesmo depois de deixar a estação, a testemunha procurou um policial militar e compartilhou o ocorrido, mostrando o vídeo como prova. O policial se comprometeu a verificar a situação, embora tenha expressado incerteza sobre como proceder, pois a vítima não estava presente no momento.
O vídeo chegou à Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que agora está envolvida na investigação. As imagens podem ser cruciais para identificar o suspeito, que estava vestindo uma camisa amarela.
O procurador da Comissão de Direitos Humanos da OAB, Rodrigo Mondego, afirmou que o agressor pode ser processado por crime de racismo, e se condenado, poderá enfrentar consequências legais, incluindo a possibilidade de expulsão do Brasil, caso seja estrangeiro.
A mulher que gravou o vídeo expressou sua perplexidade com a situação, destacando que o racismo é recorrente no Brasil, mas a audácia e a impunidade demonstradas pelo agressor a deixaram atônita.
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A Supervia, concessionária responsável pelos trens, repudiou veementemente as falas racistas e prometeu tomar medidas adequadas junto às autoridades competentes. A empresa afirmou que orienta todos os colaboradores a relatar casos semelhantes para investigação interna e ação legal.
A Polícia Militar informou que o Grupamento de Policiamento Ferroviário (GPFer) não foi acionado para o caso e incentivou o uso do número de emergência 190 ou do aplicativo 190RJ para relatar incidentes.
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