Luciana Cardoso, esposa do apresentador Fausto Silva, o Faustão, e seu filho João Guilherme Silva, realizaram uma visita à Câmara dos Deputados nesta terça-feira, 12.
O objetivo da visita é defender a doação presumida de órgãos e apoiar um projeto de lei relacionado a esse tema.
A visita aconteceu em um momento em que o Brasil discute mudanças na legislação para facilitar o processo de doação de órgãos e torná-lo mais ágil e eficaz.
“Viemos aqui pedir, de uma maneira política, a análise do projeto da doação presumida. Acho que os deputados e senadores vão ter a oportunidade de fazer história no país. Ninguém merece ficar na fila”, afirmou Luciana.
No Brasil, a legislação atual estabelece que, mesmo se uma pessoa manifestar o desejo de doar órgãos em vida, a decisão final é da família em caso de morte.
Isso significa que a vontade do doador pode não ser efetivamente respeitada, o que tem levado a debates sobre a necessidade de reformas na legislação.
Um projeto de lei que visa impedir a interferência da família na retirada de órgãos de uma pessoa com morte cerebral que tenha manifestado em vida o desejo de ser doadora foi aprovado pelo Senado em 2017.
No entanto, esse projeto ainda está em tramitação na Câmara dos Deputados e aguarda votação no Plenário.
Durante a visita à Câmara dos Deputados, Luciana Cardoso falou sobre a importância da aprovação desse projeto de doação presumida.
Ela enfatizou a urgência da questão e acredita que os parlamentares podem fazer história no país ao aprovar essa medida.
“A gente acredita que isso facilita e vai facilitar, não só as 60 mil pessoas que esperam um transplante, tirando a burocracia da família”, disse.
Transplante do Faustão pode ajudar a aprovação do projeto
O apresentador Faustão recentemente passou por um transplante de coração, entrando na fila de prioridade devido à gravidade de seu caso.
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Sua família acredita que a aprovação do projeto de lei pode reduzir a burocracia associada aos transplantes de órgãos no Brasil.
O projeto de lei em questão permitiria que as pessoas manifestassem o desejo de não serem doadoras, registrando essa decisão em um documento público de identidade.
Não seria presumida a autorização para pessoas sem documentos, menores de 16 anos e pessoas com deficiência mental, cabendo a decisão aos familiares nesses casos.
A família de Faustão acredita que essa é uma pauta relevante para todo o Brasil, já que a espera por transplantes é uma situação angustiante que pode afetar qualquer pessoa no futuro.
O caso do apresentador, que passou por um transplante de coração, recebeu ampla atenção da mídia, o que pode impulsionar a discussão e votação do projeto de lei no Congresso.
No momento, o projeto está travado na Câmara dos Deputados, mas os autores esperam aprovar um requerimento de urgência para votação da proposta diretamente em plenário.
“Acho que é o momento. É muito importante o apoio público, da imprensa, para que esse projeto, com urgência, seja votado, que passe pela Câmara e vá para o Senado, com o apoio também do governo federal”, declarou João Guilherme Silva.
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