Ele foi condenado a 53 anos de prisão em regime fechado e aberto
O homem que matou a esposa Josiéli Lopes, de 36 anos, e o filho de três meses, e depois enterrou os corpos em Rio do Cedros, foi condenado a 53 anos de prisão.
O duplo homicídio ocorreu em setembro de 2020, quando mãe e o bebê desapareceram. Dos 53 anos em que ficará preso, o condenado passará dois meses de detenção em regime aberto e o restante fechado.
O julgamento ocorreu no Tribunal do Júri da comarca de Itapema, onde a família morava. De acordo com o Ministério Público, o homem colocou veneno na carne enquanto preparava a comida para o jantar. Ao começar a sentir os sintomas, a vítima foi levada pelo então companheiro para o hospital.
Relembre o caso
A família passou a desconfiar que algo não ia bem, quando Josi parou de repassar notícias aos familiares que moram em Palhoça e outra parte dos familiares no Paraná.
A irmã da vítima, Clarice, que mora no Paraná, relata que Josiéli já residia a um ano com o atual marido e pai da criança em Itapema. Aliás, desde o início, o relacionamento era muito conturbado e com muitas brigas.
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No domingo, 13 de setembro, 03 dias antes de parar de dar notícias, Josi falou com sua irmã Clarice. Na ocasião, relatou que iria se separar do marido, e que já estava arrumando uma advogada para dividir os bens.
No último dia que Josi teria dado notícias para sua família, contou a sua irmã que havia vendido o carro, sendo que a irmã achou a mensagem suspeita, e que poderia ser outra pessoa se passando pela sua irmã.
O envenenamento
De acordo com o Ministério Público, o homem colocou veneno na carne enquanto preparava a comida para o jantar. Ao começar a sentir os sintomas, a vítima foi levada pelo então companheiro para o hospital.
O filho acabou consumindo o leite envenenado e ambos faleceram dentro do carro no trajeto entre Itapema e Rio dos Cedros. Em seguida, ele enterrou os cadáveres em uma propriedade rural.
Ele foi capaz de se passar por Josiéli. Nas mensagens, enviadas para amigos e familiares, ele dizia que ela estava bem e havia ido para o Rio Grande do Sul com outra pessoa.
Condenação
A condenação confirmou que ele praticou dois homicídios qualificados, sendo um por motivo torpe, emprego de veneno, utilização de recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio. O segundo foi qualificado pelo emprego de veneno e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. A ocultação de cadáver também agravou a pena.
O condenado acabou confessando o crime. Ele ainda pode recorrer da decisão da justiça.
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