Santa Catarina intensifica ações contra o Aedes aegypti após aumento de casos de dengue
Somente em setembro, as notificações de casos prováveis de dengue no estado aumentaram 230%.

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) de Santa Catarina ampliou as ações de prevenção, monitoramento e controle do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. A iniciativa, desenvolvida em parceria com os municípios, ocorre em razão do aumento das chuvas neste período do ano, que favorecem a proliferação do vetor.
Somente em setembro, o estado registrou um crescimento de 230% nas notificações de casos prováveis de dengue, passando de 423 em agosto para 1.403 no mês seguinte. Desde o início de 2025, foram contabilizados 25.371 casos prováveis, sendo 17.859 confirmados.
Segundo o secretário de Estado da Saúde, Diogo Demarchi, o governo tem mantido as atividades de enfrentamento das arboviroses de forma contínua, com foco no controle do vetor e na assistência aos casos suspeitos e confirmados.
Entre as medidas adotadas, estão a atualização das Diretrizes Estaduais para Prevenção e Controle das Arboviroses Urbanas e do Plano de Contingência para o enfrentamento das doenças, que definem as estratégias de preparação e resposta diante do aumento de infecções.
A SES também promove oficinas regionais para atualização dos planos municipais de contingência, com foco em ações conjuntas. As capacitações já alcançaram 280 técnicos de 13 regionais de saúde, e mais 120 profissionais devem ser treinados até o fim de outubro.
Esses cursos ensinam o uso da técnica de Borrifação Residual Intradomiciliar (BRI), que reduz a presença do mosquito em locais de grande circulação. Em novembro, o estado sediará o III Seminário Estadual de Arboviroses, reunindo especialistas e gestores municipais para troca de experiências e aprimoramento das ações.
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De acordo com o diretor da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE), João Fuck, o enfrentamento ao Aedes aegypti depende do engajamento de toda a sociedade. A população é orientada a eliminar recipientes que possam acumular água, manter piscinas e lagos limpos, lavar com frequência as vasilhas de animais, colocar areia nos pratinhos de plantas e manter as lixeiras tampadas.
A combinação de esforços entre poder público e comunidade é considerada essencial para conter o avanço das doenças transmitidas pelo mosquito.










