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China inicia obra de US$ 170 bilhões para construir maior hidrelétrica do mundo

As operações devem começar em 2030.

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China deu início à construção de um megacomplexo hidrelétrico no leste do Planalto Tibetano, com previsão de se tornar a maior usina do mundo em geração de energia.

O anúncio, feito pelo primeiro-ministro Li Qiang, representa o mais arrojado projeto de infraestrutura energética do país desde a construção da hidrelétrica de Três Gargantas.

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Com um investimento estimado em pelo menos US$ 170 bilhões, o empreendimento será conduzido pela estatal China Yajiang e pretende dar novo fôlego ao crescimento econômico chinês, num momento em que os estímulos atuais demonstram pouca eficácia.

O plano prevê a instalação de cinco usinas em cascata, com capacidade conjunta para gerar 300 bilhões de quilowatts-hora por ano — volume equivalente ao consumo anual de energia do Reino Unido em 2024. A barragem será erguida no trecho inferior do rio Yarlung Zangbo, em uma área de forte declive, o que amplia o potencial de geração elétrica.

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Embora o governo chinês garanta que o projeto respeitará o meio ambiente e não prejudicará o fornecimento de água para regiões rio abaixo, países como Índia e Bangladesh demonstraram preocupação com os possíveis impactos sobre suas populações. Entidades ambientais também alertam para os riscos ecológicos numa das regiões mais biodiversas do planeta.

O anúncio animou os mercados. O Índice CSI Construction & Engineering da China saltou 4%, registrando sua maior alta em sete meses. Empresas do setor de infraestrutura e fornecedoras de materiais como cimento, explosivos civis e equipamentos para túneis viram suas ações dispararem.

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A Huatai Securities apontou que a demanda por insumos deverá crescer fortemente. Para investidores, projetos desse porte são vistos como alternativas seguras e de retorno estável, ainda que especialistas alertem para o risco de especulação excessiva.

Além do impacto econômico, o projeto reforça o plano do governo chinês de impulsionar o Tibete como fonte estratégica de energia. As operações devem começar em 2030, e embora ainda não haja uma estimativa oficial de empregos gerados, a construção de Três Gargantas — concluída em cerca de 20 anos — criou quase um milhão de postos de trabalho.

Especialistas apontam que o novo investimento pode representar um aumento anual de até US$ 16,7 bilhões no PIB chinês durante a década de obras, com efeitos que podem ir muito além desse montante.

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