Casal morto e bebê órfão em Indaial: motorista pega 8 anos e sai pela porta da frente do Fórum
O julgamento levou 8 anos para acontecer

No dia 21 de junho de 2016 Everton Kreutzfeld e Adriana Jucélia Cattoni saíram de casa para distribuir os convites da festinha de aniversário de 2 anos do filho, quando tiveram o caminho cruzado por Geovani dos Santos Machado.
Geovani invadiu a pista contrária da BR-470 e bateu de frente com o carro do casal, causando a morte de Everton e Adriana e deixando órfão o filho deles – que sobreviveu porque usava cadeirinha.

A Justiça levou oito anos para levar o motorista para o banco dos réus.
Oito horas de espera para um julgamento de dez horas e uma condenação que deixou as famílias frustradas: Giovani recebeu pena de oito anos e quatro meses de prisão.
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O júri concordou com o Ministério Público, de que o réu estava embriagado e em alta velocidade quando causou o acidente.
Um depoimento importante foi do policial Daniel Veloso Martins, da PRF (Polícia Rodoviária Federal), que atendeu a ocorrência.
“Lembro que foi uma colisão de grande impacto e o carro do réu invadiu a contramão da via, após passar por cima de um trevo. O homem estava com todos os sinais visíveis de embriaguez, como odor, fala confusa. Cheguei a algemá-lo, mas por orientações dos profissionais da saúde e pelo estado de saúde que se encontrava, o liberei para realizar os procedimentos médicos necessários, uma vez que também estava gravemente ferido”, disse.
Giovani foi condenado por dois homicídios simples e uma tentativa de homicídio com dolo eventual (quando assume o risco de produzir o resultado).
Mesmo assim, deixou o Fórum de Indaial pela porta da frente.
Como a pena é inferior a 15 anos e ele respondeu ao processo em liberdade, vai poder recorrer da sentença fora da prisão.
Desde o acidente, o filho do casal é criado pela avó, Marlisa Catoni.
Duas vidas foram interrompidas (…) Meu neto, desde então, mora comigo e ele não se lembra do acidente, mas sabe que os pais morreram naquela tragédia.