A Polícia Civil de Santa Catarina suspeita que Walter Alexandre Gonçalves, de 24 anos, planejou e executou o assassinato da própria mãe, Susimara Gonçalves de Souza, 42, e do padrasto, Pedro Ramiro de Souza, 47, em Itajaí.
O crime ocorreu na madrugada de 23 de novembro de 2024 e teria sido motivado pelo interesse de Walter em administrar a empresa que herdaria do casal. O delegado responsável pelo inquérito, Roney Péricles, afirmou que a investigação aponta para um crime premeditado.
“Até aqui, a investigação demonstra que a motivação estaria diretamente relacionada aos bens do casal, sobretudo à questão da empresa que o casal tinha e que havia um interesse do investigado de administrá-la”, explicou.
As investigações revelaram que Walter e um comparsa chegaram à residência das vítimas mais de duas horas antes do casal retornar.
Imagens de câmeras de segurança mostraram que a dupla chegou ao local de bicicleta, com um dos suspeitos deixando uma moto estacionada a cerca de dois quilômetros da casa.
Um deles usava capacete e capa de chuva, enquanto o outro estava de boné. Utilizando um controle remoto, os criminosos abriram o portão da residência e permaneceram escondidos dentro do imóvel, aguardando a chegada das vítimas.
Na noite do crime, Susimara e Pedro haviam saído para jantar, ido a um karaokê e passado por uma lanchonete para comprar comida antes de voltarem para casa.
O casal chegou à residência às 0h53 de sábado, em uma caminhonete. Pouco tempo depois, um grito da mulher foi registrado por uma câmera de segurança da casa vizinha.
Os assassinos permaneceram na residência por mais uma hora antes de sair pelo portão, novamente usando o controle remoto. Nesse período, o duplo homicídio foi consumado, de acordo com o detalhado no G1.
Na manhã seguinte, Walter acionou os bombeiros, alegando ter encontrado o casal morto. Nas redes sociais, ele ainda tentou despistar as suspeitas ao publicar uma homenagem às vítimas.
Durante a investigação, a polícia cumpriu mandados de busca e apreensão em dois endereços ligados ao suspeito, recolhendo telefones, computadores e vestimentas.
Os aparelhos apreendidos serão analisados para determinar se há mais envolvidos no crime. “A identificação dos demais envolvidos será melhor esclarecida com a análise dos aparelhos telefônicos apreendidos na referida ação”, informou a Polícia Civil em nota.
Walter, que está preso preventivamente, chamava Pedro de “pai”, apesar de ser seu enteado. A polícia segue investigando o paradeiro do comparsa e se há outros envolvidos no crime.
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