Para alertar os banhistas sobre a presença de águas-vivas, os guarda-vidas utilizam bandeiras lilás.
Desde o início da temporada de verão em Santa Catarina, um número alarmante de banhistas tem sido vítima de queimaduras causadas por águas-vivas. Entre 21 de dezembro de 2024 e 21 de janeiro de 2025, mais de 16 mil pessoas buscaram atendimento em postos de guarda-vidas devido ao contato com esses animais marinhos. Segundo dados divulgados pelo Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC), isso equivale a uma média de 533 ocorrências diárias.
Criciúma, localizada no Sul do Estado, lidera o número de registros, somando 7.027 casos, o que corresponde a quase metade das vítimas em todo o litoral catarinense. Florianópolis, a capital, aparece na segunda posição, com 3.509 atendimentos. Em seguida, está a região de Itajaí, com 3.048 casos.
Os dados incluem apenas as pessoas que buscaram atendimento nos postos de guarda-vidas, o que indica que o número real de ocorrências pode ser ainda maior. Algumas regiões do Estado, especialmente as localizadas no interior, como Curitibanos, Blumenau e Chapecó, não registraram casos, já que não possuem praias.
Prevenção e sinalização
Para alertar os banhistas sobre a presença de águas-vivas, os guarda-vidas utilizam bandeiras lilás. Essa sinalização é sempre acompanhada por outras bandeiras que indicam as condições gerais do mar, como risco de afogamento.
Apesar da importância desse aviso, o CBMSC não contabiliza quantas bandeiras lilás já foram hasteadas durante a temporada. No entanto, informações em tempo real podem ser acessadas pelo aplicativo CBMSC Cidadão, permitindo que os frequentadores verifiquem as condições antes de ir à praia.
A corporação alerta que, ao identificar a presença de águas-vivas, os banhistas devem evitar a área e redobrar a atenção. Caso ocorra uma queimadura, a orientação é procurar o posto de guarda-vidas mais próximo para o tratamento adequado.
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Como agir em caso de queimadura
O contato com os tentáculos das águas-vivas provoca uma sensação de queimadura na pele, que, na verdade, é uma reação ao veneno liberado pelo animal. Para lidar com a situação, é fundamental seguir algumas recomendações:
• Remova cuidadosamente os tentáculos da pele, evitando esfregar a área;
• Lave o local com água do mar, nunca com água doce, para evitar a liberação de mais veneno;
• Aplique uma compressa de vinagre na região afetada por cerca de 10 minutos para neutralizar o veneno e aliviar a dor;
Caso os sintomas persistam, procure atendimento médico.
Os postos de guarda-vidas costumam ter vinagre disponível para ajudar no tratamento imediato. O CBMSC reforça que a prevenção é a melhor medida e orienta os banhistas a ficarem atentos à sinalização e aos avisos dos guarda-vidas, especialmente durante o período de maior incidência de águas-vivas nas praias catarinenses.
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