Uma operação realizada pelo Ministério Público (MP) na quarta-feira (11) resultou na prisão de cinco pessoas suspeitas de adulterar produtos lácteos em uma fábrica localizada em Taquara, no Rio Grande do Sul.
A Dielat, fabricante de laticínios, é acusada de adicionar soda cáustica e água oxigenada a leite UHT, leite em pó e compostos lácteos, com o objetivo de reprocessar produtos vencidos e deteriorados.
As substâncias usadas na adulteração representam sérios riscos à saúde. Segundo a investigação, dois tanques clandestinos eram utilizados para armazenar o leite adulterado, que era distribuído para merenda escolar em pelo menos sete municípios do estado e exportado para a Venezuela.
Entre os presos estão um engenheiro químico, apontado como responsável pela fraude, um sócio-proprietário, o diretor e o supervisor da fábrica.
Além disso, uma mulher foi detida por tentar apagar mensagens de celular de funcionários relacionados ao caso. Durante a fiscalização, o MP encontrou toneladas de produtos vencidos e deteriorados na fábrica.
Embora as irregularidades tenham sido confirmadas, a empresa não foi interditada, mas interrompeu temporariamente suas atividades até o final das investigações.
A Dielat se manifestou, afirmando surpresa com as acusações e negando a fraude. A empresa já havia fornecido produtos lácteos a várias prefeituras, incluindo Porto Alegre e Gravataí, e havia vencido licitações para abastecer escolas e órgãos públicos.
As investigações continuam para avaliar o impacto da adulteração e a extensão da rede de distribuição. As informações são do R7 e G1.
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