Corregedoria da PM de São Paulo pede prisão de soldado responsável por jogar homem de ponte
A Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo solicitou a prisão de um soldado envolvido em uma abordagem que resultou em um homem sendo jogado de uma ponte no bairro Cidade Ademar, na Zona Sul de São Paulo, na madrugada de segunda-feira, 2.
O pedido de prisão foi encaminhado à Justiça Militar após o depoimento do agente, que, segundo a Secretaria de Segurança Pública, se encontra afastado de suas funções.
A agressão foi registrada por moradores da região, e o vídeo, que rapidamente viralizou nas redes sociais, mostra o momento exato em que o policial pega o homem pela roupa e o atira no córrego abaixo da ponte.
O episódio gerou grande repercussão e é agora objeto de investigação tanto pela Polícia Militar quanto pela Polícia Civil.
A vítima, ainda não identificada, havia supostamente fugido de uma abordagem em Diadema, na Grande São Paulo, antes de ser interceptada na ponte.
Investigações em andamento na Corregedoria da PM
A ação, que ocorreu na Rua Padre Antônio Gouveia, uma importante via do bairro, levou a Corregedoria da PM a afastar os 13 policiais envolvidos no ocorrido. Eles respondem a um inquérito policial militar (IPM), que visa esclarecer as circunstâncias da agressão e a responsabilidade dos agentes.
Além disso, a Polícia Civil, por meio da Central Especializada de Repressão a Crimes e Ocorrências Diversas (CERCO) da 2ª Seccional, também apura o caso.
A vítima, que não teve o nome revelado, ainda não foi localizada e não há informações sobre seu estado de saúde, o que aumenta a complexidade das investigações.
O soldado que jogou o homem da ponte foi ouvido e explicou que seu objetivo era apenas imobilizar a vítima, que teria resistido à abordagem. Em depoimento, o policial afirmou que pretendia apenas derrubá-lo no chão e não atirá-lo do muro.
No entanto, a versão do policial contrasta com as imagens capturadas, que mostram claramente o momento em que o homem é arremessado no córrego.
A Corregedoria da PM, em nota oficial, afirmou que o pedido de prisão foi feito para evitar possíveis tumultos e garantir a apuração rigorosa do caso.
A repercussão do caso
O vídeo da agressão gerou indignação entre os moradores e rapidamente se espalhou nas redes sociais, alimentando o debate sobre a violência policial no estado.
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Em entrevista à CNN nesta quarta-feira, 4, o comandante-geral da Polícia Militar de São Paulo, coronel Cássio Araújo Freitas, comentou sobre o caso, destacando que os episódios de violência policial, como o ocorrido, estão sendo rigorosamente investigados.
“Os erros foram pessoais e pontuais, e a responsabilidade é da instituição. Por isso que a instituição está apurando, seja através de inquéritos policiais militares, seja através de sindicâncias”, Freitas.
O comandante-geral reforçou que a Polícia Militar de São Paulo não incentiva ações violentas por parte de seus agentes, e que a corporação trata esses casos como falhas individuais.
Medidas tomadas pela PM
A Polícia Militar de São Paulo tem adotado medidas para tentar mitigar a violência policial e melhorar a formação de seus agentes.
A instituição está investindo em treinamento e criando novas diretrizes para garantir que abordagens sejam realizadas de forma mais humanizada, preservando os direitos dos cidadãos e evitando abusos de poder.
A Secretaria de Segurança Pública também se manifestou sobre o caso, garantindo que a apuração será feita de forma transparente e que qualquer ato de violência será punido conforme a lei.
”Os 13 policiais envolvidos na ação foram imediatamente afastados de suas funções e respondem a um inquérito policial militar (IPM) conduzido pela Corregedoria da PM. O agente responsável pela agressão foi ouvido e sua prisão foi solicitada à Justiça Militar.
O caso também é apurado pela Polícia Civil, por meio da Central Especializada de Repressão a Crimes e Ocorrências Diversas (CERCO) da 2ª Seccional. Diligências estão em andamento para a oitiva da vítima e o esclarecimento dos fatos”, diz a Corregedoria, por meio de nota.
