O furacão Milton atingiu o estado da Flórida na noite da última quarta-feira (9), trazendo uma série de destruições e agravando a situação no sul dos Estados Unidos. Tornados, enchentes e tempestades severas foram registrados, causando pânico e deixando centenas de milhares de pessoas desabrigadas.
O governador Ron DeSantis relatou que mais de 125 residências, principalmente construções pré-fabricadas, foram completamente destruídas.
Mais de dois milhões de imóveis, entre casas e estabelecimentos comerciais, estão sem eletricidade, e autoridades confirmaram a ocorrência de “várias mortes” na região litorânea, embora o número exato ainda esteja sendo apurado.
Embora tenha sido rebaixado para a categoria 1, Milton alcançou sua força máxima como um furacão de categoria 5. O impacto ocorre apenas duas semanas após o devastador furacão Helene, que ceifou a vida de ao menos 225 pessoas na região.
As equipes de emergência enfrentam dificuldades em atender chamados devido à insegurança causada pelas condições climáticas. Estados como Geórgia e Carolina do Norte também foram afetados, com dezenas de milhares de pessoas sofrendo com a falta de energia elétrica.
Milton ainda gerou tornados violentos, incluindo um que atravessou uma importante rodovia da Flórida. No litoral atlântico, um resort foi atingido por vários tornados em sequência, resultando em diversas mortes.
Antes da chegada do furacão, as autoridades mobilizaram a Guarda Nacional e prepararam pacotes de alimentos e água potável para as vítimas. Contudo, em cidades como St. Petersburg, o abastecimento de água foi suspenso por causa dos danos, e os moradores foram orientados a ferver a água antes de consumi-la.
Danos significativos também foram registrados em estruturas como o estádio Tropicana Field, em St. Petersburg, onde ventos de 205 km/h arrancaram parte do teto. Embora o local estivesse servindo como abrigo para equipes de socorro, não houve relatos de feridos.
Na região de Tampa Bay, milhões de pessoas foram evacuadas sob ordens obrigatórias em 15 condados, com alertas severos das autoridades sobre o risco de vida para quem optasse por permanecer.
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O furacão Helene, que devastou a região semanas antes, ainda deixa marcas profundas. Esforços de limpeza e recuperação continuam, com o governo dos EUA prevendo um longo caminho até a normalização.
Mais de 12 mil metros cúbicos de escombros já foram removidos, mas muitas estradas permanecem intransitáveis, dificultando o acesso às áreas mais afetadas.
O presidente Joe Biden aprovou a liberação de cerca de US$ 140 milhões em ajuda federal para apoiar os esforços de reconstrução. Entretanto, especialistas alertam que novas tempestades podem agravar ainda mais a crise, impulsionando os destroços remanescentes do furacão anterior e ampliando o caos na região.
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