A partir desta segunda-feira (12), às 6h, os trabalhadores da Celesc entraram em greve por tempo indeterminado, conforme comunicado emitido pela Intercel, coletivo que representa os sindicatos dos empregados da empresa.
A greve foi motivada pela insatisfação dos trabalhadores com a gestão da empresa, que, segundo eles, tem adotado práticas prejudiciais tanto para os empregados quanto para a qualidade dos serviços prestados à população.
O coletivo acusa a diretoria da Celesc de adotar uma “lógica privada” que precariza as condições de trabalho, não recompõe o quadro de funcionários próprios e intensifica a terceirização, resultando em um ambiente de trabalho insustentável.
Outro ponto de conflito é a implementação de um novo sistema comercial, que, de acordo com os sindicatos, tem causado problemas físicos e mentais aos trabalhadores, impactando negativamente a qualidade do serviço prestado à população.
Além disso, a Intercel denuncia que os funcionários têm sido alvo de ataques por parte da diretoria e que não são devidamente valorizados.
Os sindicatos também ressaltam que, desde 2023, tentam negociar a participação nos lucros referente ao ano de 2024, sem sucesso.
Embora tenham enviado uma proposta à diretoria, até o momento não receberam nenhuma contraproposta, de acordo com comunicado da Intercel.
A PLR (Participação nos Lucros e Resultados) dos trabalhadores, segundo o comunicado, é calculada com base em um contrato de gestão e resultados aprovado no fim do ano passado, mas a falta de acordo persiste há mais de oito meses.
Os trabalhadores da Celesc pedem o apoio da sociedade para que seus direitos sejam respeitados e para que possam continuar prestando serviços de qualidade.
Durante a greve, eles se comprometem a manter os serviços essenciais, reforçando seu compromisso com a população, embora de forma voluntária.
CELESC
De acordo com a Celesc, 80% dos funcionários públicos estão em greve, segundo a NSC. Com a paralisação, a empresa afirma que a maior parte dos serviços podem ser acessadas online no Aplicativo ou na Agência Web.
Em nota divulgada nesta segunda-feira (12) pela Celesc, as negociações em torno da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) dos funcionários da Celesc se intensificaram na última semana, após a Intercel, coletivo de sindicatos, sair de uma reunião inicial sem consenso.
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No dia 6 de agosto, o encontro não avançou como esperado, e a Intercel se recusou a aceitar qualquer alteração na forma de distribuição da PLR, enquanto a Intersindical, composta por outros sindicatos, manifestou interesse em continuar as discussões e optou por não aderir à greve.
Na última sexta-feira (09), a Celesc enviou uma proposta formal para tentar avançar nas negociações, garantindo uma parcela mínima de R$ 4 mil para cada empregado, a ser paga em outubro deste ano.
A empresa acredita que o diálogo positivo e aberto pode levar a um resultado satisfatório para todos os envolvidos, mantendo o compromisso de pagamento da PLR 2024 nos mesmos níveis de 2023, podendo alcançar até R$ 56 milhões, dependendo do cumprimento das metas estabelecidas.
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