Na última sexta-feira (08), a Polícia Civil, por meio da Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Blumenau/SC, em conjunto com o Núcleo de Inteligência da 3ª Delegacia Regional de Polícia, 1ª Delegacia Regional de Goiânia, delegacias de Campinas, Barueri e São Paulo, conduziu uma operação contra a empresa BOTMONEY.
A ação resultou no cumprimento de mandados de busca e apreensão em endereços de sócios, procuradores e colaboradores da empresa.
As investigações começaram após relatos de investidores que alegaram terem perdido todo o capital aportado na BOTMONEY. Na época, aproximadamente 1.400 pessoas estavam investindo na plataforma.
A empresa oferecia um software de automação de criptomoedas por meio de sua própria plataforma digital, mediante o pagamento de uma assinatura de R$69,90.
Posteriormente, a BOTMONEY criou um token (USDX), convertendo todo o investimento dos participantes em moeda digital.
Contudo, esse token não possuía liquidez fora da plataforma, tornando impossível sua conversão em real ou dólar.
A empresa ainda criou um grupo e um banco para permitir a troca da moeda digital, dependendo da entrada de novos investidores na plataforma, caracterizando um esquema típico de pirâmide financeira.
Segundo a PC, os investidores relataram terem sido prometidos retornos mensais entre 5% e 10%. Entre outubro de 2020 e março de 2021, a BOTMONEY e seus representantes movimentaram mais de 10 milhões de reais.
O juízo determinou o bloqueio e sequestro de contas bancárias de 21 investigados, entre pessoas físicas e jurídicas.
As buscas foram realizadas em Gaspar, Blumenau e Balneário Camboriú, além de Goiânia/GO, São Paulo/SP, Campinas/SP e Barueri/SP.
O principal responsável pela BOTMONEY, Uilian Pereira Soares da Silva, foi localizado em Goiânia, mas sua prisão e a de outros investigados foi negada pelo Poder Judiciário.
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