Durante o clássico entre Brasil e Argentina, disputado na terça-feira, 21, uma briga generalizada interrompeu o jogo.
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) emitiu um comunicado oficial sobre a situação nesta quarta-feira, 22.
A partida, que contou com torcida mista, teve a presença de autoridades de segurança pública previamente informadas sobre o formato do evento.
A CBF afirmou que a realização de jogos com torcida mista é considerada padrão em competições organizadas pela FIFA e CONMEBOL, como as Eliminatórias da Copa do Mundo.
Segundo a CBF, os planos de ação e segurança foram aprovados pelas autoridades sem ressalvas ou recomendações.
Entre as autoridades envolvidas estavam:
- Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMRJ)
- SEPOL
- Ministério Público
- Juizado do Torcedor
- Guarda Municipal
- CET-RIO
- Subprefeitura
- Concessionária Maracanã
- SEOP.
Durante o incidente, sete pessoas foram detidas devido à briga generalizada.
No entanto, elas foram liberadas após o pagamento de multa por transação penal no juizado instalado dentro do Maracanã.
A partida estava classificada com “bandeira vermelha”, o nível máximo de risco adotado para jogos no Rio de Janeiro.
A CBF ressaltou que, em uma reunião realizada em 16 de novembro na sede da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FERJ) para tratar do sistema de segurança, a entidade não enviou representantes.
Apenas dois representantes da Brax, parceira comercial da CBF, estiveram presentes, incluindo o gerente de segurança da empresa.
Além disso, não houve representantes da FERJ presentes em uma reunião realizada na véspera da partida.
A Secretaria de Estado de Polícia Militar do Rio de Janeiro reforçou que não houve divisão de torcidas devido à venda de ingressos sem distinção, conforme definido pela organização do evento.
Os agentes do Batalhão Especial de Policiamento em Estádios (Bepe) atuaram para controlar a situação quando a segurança privada não conseguiu fazê-lo prontamente.
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Leia a nota completa da CBF
A CBF vem prestar os seguintes esclarecimentos sobre os incidentes ocorridos no jogo Brasil x Argentina, realizado nesta terça-feira, 21, no Maracanã, válido pelas Eliminatórias da Copa do Mundo FIFA 2023.
É importante esclarecer que a organização e planejamento da partida foi realizada de forma cuidadosa e estratégica pela CBF, em conjunto e em constante diálogo com todos os órgãos públicos competentes, especialmente a Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro.
Todo o planejamento do jogo, em especial o plano de ação e o de segurança, foram sim debatidos com as autoridades públicas do Rio de Janeiro em reuniões realizadas entre as partes.
Os planos de ação e segurança foram aprovados sem qualquer ressalva ou recomendação pelas autoridades de segurança pública presentes, cada uma delas dentro de sua esfera de atuação:
- Polícia Militar RJ
- SEPOL
- Ministério Público
- Juizado do Torcedor
- Guarda Municipal
- CET-RIO
- Subprefeitura
- Concessionária Maracanã
- SEOP, etc.
Dentre as quais a Polícia Militar do RJ, na primeira reunião realizada na sede da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FERJ), no dia 16 de novembro de 2023, às 11:00h.
Além dos planos de ação e segurança, os participantes da reunião trataram também de toda a montagem da operação da partida, contando com a participação de todas as partes diretamente envolvidas e responsáveis pela organização da partida e autoridades públicas.
Na segunda (20), o plano operacional para o jogo foi igualmente aprovado sem qualquer ressalva ou recomendação na reunião realizada no Estádio Maracanã, com a presença da CBF, representantes da CONMEBOL, da Polícia Militar RJ, das empresas responsáveis pela operação do Maracanã, e que operam mais de 70 jogos no estádio por ano, e outras autoridades públicas
A realização da partida com torcida mista sempre foi de ciência da Polícia Militar do RJ e das demais autoridades públicas, pois é o padrão em competições organizadas pela FIFA e CONMEBOL, como ocorre nas Eliminatórias da Copa do Mundo, na própria Copa do Mundo, Copa América e outras competições.
Outros jogos entre Brasil e Argentina, até de maior apelo, como a semifinal da Copa América de 2019, também foram disputados com torcida mista. Não se trata de um modelo inventado ou imposto pela CBF.
Ou seja, todo o plano de ação e segurança foi elaborado e dimensionado já considerando classificação do jogo como vermelha e com a presença de torcida mista, tanto que atuaram na segurança da partida 1050 vigilantes privados e mais de 700 policiais militares da Polícia Militar RJ.
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Portanto, a CBF reafirma que foram cumpridos rigorosamente o plano de ação, de segurança e operação da partida, tal qual foram aprovados pela Polícia Militar RJ e demais autoridades.
Por fim, a única recomendação recebida pela CBF de qualquer autoridade pública ao longo de todo o período que antecedeu a partida entre Brasil e Argentina, foi uma recomendação do Ministério Público, da 2ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Defesa da Ordem Urbanística da Capital, para que:
“NÃO realizem partidas de futebol no ano de 2023 com o formato de disponibilização da carga total de ingressos através de um tíquete eletrônico apresentado mediante exibição do aparelho de telefonia celular, tal como ocorrido na partida da final da Copa Libertadores no dia 04 de novembro de 2023” e que:
“Exijam no ano de 2023 dos torcedores que se aproximem das catracas a exibição de evidência física (tíquete de papel e/ou cartão de sócio torcedores) de que o torcedor possui um tíquete de ingresso para se aproximar das catracas do Estádio Mário Filho – Maracanã, de modo a evitar a invasão de torcedores que não possuam ingressos para assistir à partida.”
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