Blumenau, 10 de novembro – Segundo informações da Polícia Civil, o autor do homicídio de um morador de rua em Blumenau teria visitado sua casa antes de cometer o crime.
O inquérito divulgado nesta sexta-feira, 10, é resultado das investigações da Divisão de Investigação Criminal – DIC.
A divisão busca esclarecer a morte de Giovane Ferreira da Silva de Oliveira, ocorrida no dia 3 de novembro.
As equipes de investigação analisaram depoimentos das testemunhas e as imagens de videomonitoramento para reconstruir os eventos que antecederam o crime.
Os registros indicam que autor e vítima estiveram em dois momentos distintos na tarde do ocorrido.
No primeiro momento, parcialmente captado pelas câmeras em funcionamento, não há registro de discussão, xingamentos, ameaças ou agressões entre as partes.
Entretanto, testemunhas afirmam ter conversado com a vítima após ela ser agredida por uma barra de ferro, parte de um carrinho de criança, pelo suspeito.
Uma das testemunhas afirmou ter presenciado as agressões e relatou que a vítima teria motivado a violência ao oferecer paçoca à filha do autor.
A vítima mencionou xingamentos, ameaças recíprocas e a promessa do suspeito de retornar, o que levou a vítima a buscar uma faca como medida preventiva. Após essa situação, o autor seguiu para sua casa.
No segundo momento, as câmeras flagraram o autor entrando e saindo de sua casa com um carrinho de compras, cujo bolso externo continha um objeto semelhante à faca utilizada no crime.
O suspeito seguiu em direção ao supermercado, escolhendo a entrada próxima à vítima.
Ele colocou a criança que carregava no chão e se aproximou da vítima, que estava agachada.
A partir desse momento, iniciaram-se as agressões com a faca trazida de casa.
Com base nas informações coletadas, a polícia concluiu que o autor, após uma discussão sobre a oferta de paçoca, retornou ao local com a intenção de matar a vítima.
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Os antecedentes dos envolvidos indicam que a vítima foi presa por furto em 2014, enquanto o suspeito foi investigado por furto em 2010 em Minas Gerais.
A conclusão do laudo cadavérico é aguardada para determinar a quantidade exata de perfurações, mas a informação inicial fornecida pelo perito informalmente no dia do crime indica entre 15 a 16 facadas.
O desenrolar das investigações visa esclarecer todos os detalhes e responsabilidades envolvidas no caso.
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