Oito das 21 metralhadoras furtadas do Arsenal de Guerra do Quartel do Exército em Barueri, em São Paulo, foram interceptadas nesta quinta-feira, 19, na entrada da Gardênia Azul, na Zona Oeste do Rio.
A apreensão de 4 metralhadoras ponto 50 e outras 4 MAGs, calibre 7,62, foi feita por agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), da Polícia Civil do RJ, com apoio da Inteligência do Exército.
Outras 13 metralhadoras furtadas ainda estão desaparecidas: 7 ponto 50, capazes de derrubar aeronaves, e 6 MAGs, usadas para combate.
O furto foi descoberto no último dia 10 de outubro, mas, segundo o g1, as armas foram levadas do Exército no feriado de 7 de setembro.
A investigação já identificou suspeitos de participação no furto.
Algumas das metralhadoras furtadas foram oferecidas a traficantes do Comando Vermelho (CV).
Os policiais descobriram que parte desse arsenal havia, de fato, sido comprada, depois de ter sido oferecido em quatro favelas dominadas pela facção:
- Nova Holanda, no Complexo da Maré;
- Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha;
- Rocinha;
- Cidade de Deus.
Elas seriam usadas na disputa entre facções que há quase um ano aterroriza a região de Jacarepaguá.
Confira o momento que os policiais recuperam as metralhadoras furtadas:
Na manhã de quarta-feira, 18, novas informações da inteligência da polícia indicaram que haveria uma movimentação de armas, da Favela da Rocinha, em São Conrado, para a Gardênia Azul.
O veículo foi monitorado, mas os agentes da DRE optaram por não tentar abordar o carro no trajeto, já que poderia haver um tiroteio durante o horário de maior congestionamento na cidade.
Quando receberam a informação de que o carro havia chegado à comunidade em Jacarepaguá, cerca de 20 policiais da DRE e da Polinter, entraram na comunidade e encontraram o veículo parado sem ninguém no entorno.
Não houve troca de tiros e ninguém foi preso. As armas estavam dentro de um carro na comunidade. O veículo, que era roubado, também foi apreendido.
O Comando Militar do Sudeste já foi comunicado pela Polícia Civil do Rio sobre as metralhadoras recuperadas.
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Agora, as armas serão levadas para alguma unidade militar do Rio de Janeiro, onde ficarão guardadas até o Comando Militar designar militares para buscá-las.
Os disparos de metralhadoras ponto 50 são capazes de derrubar aeronaves. Helicópteros da polícia são frequentemente alvo de traficantes no Rio – dois deles foram atingidos este mês.
O peso médio de cada uma delas é, em média, de 4,5 quilos.
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