A ocorrência de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) em aves silvestres, de acordo com o Estado, "não compromete a condição sanitária de Santa Catarina e do país", e não impacta o comércio internacional de produtos avícolas catarinenses.
Santa Catarina registrou o primeiro caso de gripe aviária da história do Estado. A informação foi confirmada pela Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola (Cidasc), nesta terça-feira, 27.
O vírus, conforme o órgão, foi identificado em uma ave silvestre da espécie Trinta-Réis-Real. Ainda segundo a Cidasc, não há propriedades de produção comercial no raio de 25 quilômetros do foco localizado, em São Francisco do Sul.
O caso também foi confirmado pelo Ministério da Agricultura. Assim, as amostras foram processadas no Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de São Paulo, reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) como referência internacional em diagnóstico de Influenza Aviária. Porém, o diagnóstico foi confirmado na segunda-feira, 26.
LEIA TAMBÉM:
Inicialmente, a ocorrência de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) em aves silvestres, de acordo com o Estado, “não compromete a condição sanitária de Santa Catarina e do país”, e não impacta o comércio internacional de produtos avícolas catarinenses.
Além disso, o H5N1 é um subtipo do vírus Influenza que atinge, predominantemente, as aves. É menos comum em mamíferos e em humanos.
Cidasc monitora o caso de gripe aviária
A Cidasc informou que estão sendo intensificadas as ações de vigilância em populações de aves domésticas e silvestres na região.
A depender da evolução das investigações e do cenário epidemiológico, novas medidas poderão ser adotadas para evitar a disseminação da IAAP e proteger a avicultura catarinense.
Além disso, a Cidasc recomenda que seja comunicada imediatamente caso aves de qualquer espécie sejam observadas com sinais clínicos de Influenza Aviária, que contemplam:
- sinais respiratórios e neurológicos, tais como dificuldade respiratória;
- andar cambaleante;
- torcicolo ou girando em seu próprio eixo;
- mortalidade alta e súbita.
Assim, a Cidasc afirma ainda que “aves silvestres mortas ou com sinais clínicos da doença não devem ser manipuladas”, e que “não há evidências de que o consumo de carne de aves ou de ovos ofereça risco à saúde humana.
A comunicação pode ser realizada utilizando o sistema e-Sisbravet no link: bit.ly/notificarcidasc ou bit.ly/SISBRAVET, ou ainda, diretamente em um escritório local da Cidasc.
O que é a H5N1?
O H5N1 é um subtipo do vírus Influenza que atinge, predominantemente, as aves. É menos comum em mamíferos e em humanos.
Por fim, a Influenza Aviária foi diagnosticada pela primeira vez em aves em 1878, na Itália. Mas o H5N1 só foi isolado por cientistas mais de 100 anos depois, em 1996, em gansos na província de Guangdong, no sul da China.
Os vírus Influenza são divididos entre os de Baixa Patogenicidade (LPAI, leve) e os de Alta Patogenicidade (HPAI, grave):
- Baixa Patogenicidade: atinge as aves de forma mais branda e, muitas vezes, de forma assintomática. A taxa de mortalidade das aves, neste caso, é baixa;
- Alta Patogenicidade: a doença se manifesta de forma mais grave, é disseminada rapidamente entre as aves e tem um alto índice de mortalidade entre os animais.
Sugestão de pauta