Pureza Lopes Loyola se tornou ícone no combate à exploração de trabalhadores após feitos em 1993 e ganhou filme em 2019
Na quinta (15), o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, premiou pessoalmente a brasileira Pureza Lopes Loyola, por sua luta contra a escravidão no Brasil.
O prêmio se trata do “Heróis no combate ao tráfico de pessoas”, criado em 2004. Pureza, nascida no Maranhão, acaba de se tornar a primeira brasileira a recebê-lo.
A história da maranhense começou no ano de 1993, no momento em que seu filho Abel desapareceu após começar a trabalhar em um garimpo. Depois de meses com o filho sem dar notícias de volta para casa, Pureza, portanto, largou tudo e partiu em busca de Abel. Ela carregava somente a roupa do corpo e a informação de que ele havia ido ao Pará.
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Pureza se deparou com grandes fazendas e seus senhorios. Ela descobriu que eles confiscavam as identidades de todos os trabalhadores e reduziam seus salários a somente um prato de comida. Eles trabalhavam para, literalmente, sobreviver.
A brasileira conversou com milhares destas pessoas e percebeu a situação gravíssima em que ela se encontrava. Então, ela contactou o Ministério do Trabalho, que deu início a uma campanha massiva e de sucesso contra o trabalho escravo no Brasil.
A atriz Dira Paes atuou como Pureza em seu filme autobiográfico de mesmo nome, lançado em 2019. A produção teve direção de Renato Barbieri e contou com Matheus Abreu no papel do filho Abel.
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