Reunião entre diplomatas ucranianos e chineses em Kiev reforçou condições do país invadido para uma negociação de paz definitiva com a Rússia
Na quarta (17), chegaram ao fim as reuniões de dois dias entre Ucrânia e China, em Kiev. Diplomatas dos dois países conversaram sobre uma negociação de paz duradoura com a Rússia, que acabaria com a guerra.
Enviados diretamente por Xi Jinping, a delegação chinesa ouviu dos ucranianos que não haverá papo com a Rússia enquanto os territórios ocupados não forem devolvidos e as tropas retiradas. Isso inclui ainda a Criméia, tomada pelos russos em 2014.
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Os chineses, liderados por Li Hui, ex-embaixador da China em Moscou e representante especial para Assuntos Eurasiáticos, reforçaram que continuarão a manter contato com Kiev. A China insiste em querer se tornar mais um país mediador para o fim da guerra, assim como o Brasil e outros não envolvidos, apesar da estreita parceria de longa data com a Rússia.
No mês de fevereiro deste ano, no aniversário de 1 ano do conflito militar, o governo de Xi Jinping apresentou um plano de paz baseado em 12 pontos. Recusado na hora pela OTAN, mas analisado com paciência por Zelensky e Putin, o plano concedia certos benefícios à Rússia. Até o momento, não há indícios dele se concretizar, mas outros países também olharam com bons olhos.
No começo desta semana, Zelensky visitou parte da Europa e fechou novos acordos militares de colaboração para a defesa ucraniana. Reino Unido, França e Alemanha enviarão novos e mais poderosos equipamentos para o fronte. A Rússia, mais uma vez, ameaça a Europa por isso.
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