Populares do local não queriam que uma das vítimas recebesse atendimento.
No último domingo (14), por volta das 17h50, o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar atenderam uma ocorrência de ferimentos por arma de fogo em Ituporanga. O fato aconteceu na SC-110, no bairro Bela Vista.
Segundo divulgado, a Polícia Militar recebeu diversas solicitações em sua Central de Emergências, informando sobre um tiroteio durante uma festa no salão da Igreja Católica. Com o apoio das Guarnições de serviço em municípios vizinhos, os policiais se deslocaram até o referido local.
Quando os bombeiros chegaram ao local, encontraram duas vítimas, ambas com ferimentos por arma de fogo. As mesmas foram atendidas e conduzidas ao Hospital Bom Jesus ainda com vida, mas vieram a óbito logo em seguida.
A primeira vítima foi encontrada deitada no interior do salão da igreja com pupilas em midríase, palidez e pele fria. O homem, de 35 anos, apresentava ferimento por arma de fogo na região torácica anterior, quadrante superior esquerdo sem saída do projétil, e com hemorragia no ferimento. No local foram iniciadas manobras de RCP e oxigenoterapia, e continuado durante o translado até o Pronto-Socorro.
A segunda vítima foi encontrada deitada no pátio do salão da igreja com pupilas em midríase, palidez e pele fria. A princípio, o homem, de 36 anos, apresentava ferimento por arma de fogo na região torácica posterior lado direito e ferimento por arma de fogo na região lombar lado direito. Nenhum dos ferimentos possuía saída. Ele foi conduzido e durante o transporte foram feitas manobras de RCP e oxigenoterapia.
De acordo com as informações, haviam muitos populares alterados pois não queriam permitir que uma das vítimas fosse atendida pela equipe do Corpo de Bombeiros. A equipe do SAMU também auxiliou nesta ocorrência.
O CASO
Antes de mais nada, conforme relato de testemunhas e de evidências colhidas no local, o homem de 35 anos foi atingido por um tiro após uma discussão. O tiro veio de um revólver calibre .38. O autor do tiro foi o homem de 36 anos.
O autor, encontrado caído na área externa do salão, foi morto por um policial militar que estava de folga. A princípio, o profissional se encontrava no local e após o disparo, passou a seguir o autor. Ele também chegou a verbalizar com o autor solicitando que o mesmo largasse a arma e se entregasse.
Posteriormente, em um dado momento, perto do estacionamento, o autor apontou a arma em direção ao policial e efetuou disparos. Agindo em legítima defesa, o policial revidou e acabou por atingir o homem com dois tiros.
Logo depois de efetuar os disparos, o PM, dentro da técnica adequada, se aproximou do agente e recolheu de suas mãos a arma utilizada no homicídio e na tentativa contra sua vida.
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Populares que estavam no local ficaram indignados com a execução ocorrida dentro do salão, e tentaram se aproximar do homem alvejado pelo policial, a fim de linchá-lo. Foi necessário o emprego de técnicas apropriadas para dissuadir a multidão e abrir espaço para que os veículos das equipes médicas e de resgate chegassem.
Por fim, diante dos fatos, foi acionado a Polícia Civil e o IGP para as devidas providências. O policial militar foi encaminhado até o quartel da Polícia Militar para os demais procedimentos mas foi liberado em seguida, para posterior apuração dos fatos.
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