Presidente Zelensky e vice-ministro de Relações Exteriores elogiam Amorim e concordam com criação de ‘clube da paz’ com liderança do Brasil
Nesta quinta (11), a visita do assessor especial da presidência do Brasil, Celso Amorim, arrancou elogios e esperança do governo da Ucrânia. O presidente Volodymyr Zelensky se dirigiu ao Twitter para reforçar o que foi discutido a portas fechadas:
“Tive um encontro com o assessor especial de Política Externa do presidente do Brasil, Celso Amorim. Enfatizei que o único plano capaz de parar a agressão russa à Ucrânia é a fórmula de paz ucraniana. Nós discutimos a possibilidade da realização de uma cúpula Ucrânia-América Latina. Espero poder continuar o diálogo com o presidente Lula e recebê-lo aqui na Ucrânia” – escreveu Zelensky.
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No mês de abril, Amorim visitou a Rússia e conversou também com Vladmir Putin. O Brasil se esforça para criar o “clube da paz”, que seria uma cúpula com países não envolvidos no conflito, que possuem apenas o interesse de mediar uma negociação de paz entre a Rússia e a Ucrânia.
O vice-ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Andrij Melnyk, elogiou a visita de Amorim e afirmou que “estamos aos poucos mudando o clima entre a Ucrânia e o Brasil”. Em mais um post no Twitter, Melnyk escreveu:
“Fiquei feliz em conhecer o Conselheiro Chefe do presidente brasileiro Lula da Silva, Celso Amorim. O Brasil pode atuar no importante papel de parar a agressão russa e alcançar uma paz duradoura. Nós ainda planejamos revigorar uma parceria estratégica de 2009. Obrigado” – detalhou Melnyk para seus seguidores.
Happy to meet Chief Advisor of Brazilian President Lula da Silva @LulaOficial H.E. Minister Amb. Celso Amorim. Brazil can play an important role to stop Russian aggression & reach a lasting & just peace. We also strive to reinvigorate a 🇺🇦🇧🇷2009 Strategic Partnership. Obrigado🙏🏻 pic.twitter.com/VqTECq0jZQ
— Andrij Melnyk (@MelnykAndrij) May 10, 2023
A visita de Celso Amorim à Ucrânia conseguiu esfriar os ânimos entre os países, após as recentes e polêmicas falas de Lula. O presidente brasileiro havia dito que a Ucrânia poderia abrir mão da Criméia à Rússia, como fim de alcançar uma negociação de paz. A afirmação provocou duras críticas do governo ucraniano, que insiste que Lula visite Kiev para “observar a situação real em que nos encontramos”.
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