Enquanto chefes de Estado de todo o planeta visitam Xi Jinping e fecham acordos, os norte-americanos demonstram corrosão interna ao perderem poder e influência
Pelos últimas meses e semanas, a China recebeu a visita de chefes de Estado de vários países, a grande maioria aliados dos Estados Unidos. O presidente, Xi Jinping, fechou vários acordos comerciais e estratégicos com França, Brasil, Singapura, Espanha, Malásia e a União Européia como um todo. O principal tema de discussão entre os envolvidos é a “desdolarização” da economia mundial.
A Rússia foi o primeiro país a sugerir o uso do yuan, a moeda chinesa, para as negociações comerciais entre os dois países. O Brasil veio logo em seguida, também fechando acordos que visam reduzir significantemente o uso do dólar entre a América Latina e a Ásia. A França, Arábia Saudita e a União Européia também demonstraram total interesse em participarem do processo.
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É claro que os EUA, a principal potência do planeta, não aprova nada disso. Rivais desde sempre, porém sempre no páreo, norte-americanos e chineses nunca “largaram o osso” um para o outro nas questões econômicas. Agora, parece nítido que a China finalmente começa a superar aos “yankees”. O que era previsto por economistas anos atrás, acontece neste exato momento.
A China, em parceria estreita com a Rússia e o resto dos BRICS, visa diminuir o poder e influência dos EUA pelo mundo. Com isso, os chineses querem um mundo multipolarizado, onde cada país pode se sentir livre para comerciar sem sofrer sanções ou pressões dos norte-americanos.
“Um resultado potencialmente bom é enfraquecer as alianças americanas. É por isso que estamos vendo esforços bastante árduos feitos por Pequim para tentar estabilizar e melhorar as relações com os países europeus, e também para tentar melhorar e fortalecer a cooperação com economias emergentes” – comentou Li Mingjiang, professor de Relações Internacionais da Universidade Tecnológica de Nanyang, Singapura.
Enquanto os EUA observam sua perda de poder e influência sobre o mundo através do dólar, a própria China e os países relacionados garantem que a moeda norte-americana não sofrerá um abandono. A intenção parece oferecer, aos países aliados comerciais, a chance de escolher quais moedas utilizarem. Isso evitará que continuem presos às garras do dólar e dos bancos norte-americanos.
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