Polícia Civil confirmou que instaurou o inquérito para investigar o caso, denunciado por pais e alunos
Nesta sexta-feira, 7, pais e alunos da escola estadual Georg Keller, de Joinville, denunciaram um professor após ele apoiar os ataques à creche de Blumenau. Em vídeo gravado pelos alunos, o professor afirma que “mataria uns 15, 20.”
Depois da denúncia, a Polícia Civil informou que o inquérito policial foi instaurado e o professor, bem como outras testemunhas, devem prestar depoimento nesta segunda-feira, 10.
Ainda na sexta-feira, após estudantes denunciarem o professor por falar sobre “entrar com dois facões, um em cada mão e ‘pá’. Passar correndo e acertando”. A Secretaria de Estado de Educação emitiu nota sobre tomar todas as medidas cabíveis, com “verificação dos fatos para dar andamento ao processo”.
Em seguida, o delegado regional de Joinville, Rafaello Ross, informou sobre o inquérito policial e a investigação do episódio como apologia ao crime. O ponto de partida da Pòlícia Civil é a fala do professor incitar o ódio e endossando o assassinato de crianças no ambiente escolar ao dizer que “mataria mais”.
Além disso, o delegado responsável pela investigação, Vinicius Ferreira, orienta que pais e responsáveis de estudantes registrem queixa de possíveis episódios similares, onde professores reproduzem falas de ódio ou constrangedoras.
Confira o vídeo do momento:
Ao NSC Total, uma aluna do primeiro ano do ensino médio afirma que o momento aconteceu durante a aula, após os estudantes ficarem sabendo do ataque. Segundo ela, enquanto os alunos conversavam sobre a tragédia, o professor afirmou que “mataria mais do que quatro pessoas, pois a população está muito grande”.
Além desse episódio, ela e outros colegas afirmaram que ouvem o professor fazer comentários preconceituosos e de ódio com frequência. De acordo com eles, o docente já teve falas de cunho racista, homofóbico, misógino e até mesmo de apologia ao suicídio.
Ainda em entrevista ao NSC Total, uma mãe conta que o pânico e a revolta é geral entre pais e responsáveis. Além do medo causado pelo ataque em Blumenau, há a revolta pelas falas do professor, que pode motivar a violência na escola. “Me assusta esse tipo de comportamento vir de um professor em sala de aula”, afirma.
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