A vítima do golpe sofreu ameaças
Casal que extorquiu um homem com o chamado “golpe dos nudes” no ano de 2021, têm a pena mantida pela 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Santa Catarina. O fato ocorreu com uma vítima do município de Corupá que perdeu R$ 6,8 mil no golpe.
Nesse sentido, o homem foi condenado a 10 anos e oito meses de reclusão, em regime fechado. Porém, a mulher foi condenada a seis anos, quatro meses e 24 dias de pena em regime semiaberto.
Ambos são companheiros e o homem cometeu o crime enquanto estava recolhido na Penitenciária Estadual de Porto Alegre. Contudo, o mesmo apresentou recurso alegando que agiu sozinho sem ação da companheira ou qualquer outra pessoa.
Tal recurso tinha a finalidade de que a condenação fosse adequada para a prática do delito de extorsão na forma simples, afastando a qualificadora. Porém, a decisão foi unânime e a pena mantida.
Segundo a desembargadora Cinthia Beatriz da Silva Bittencourt Schaefer, em oposto ao apresentado pelo acusado no recurso, o conjunto probatório é firme sobre a participação da companheira como coautora do golpe. “Ela era a responsável pelo gerenciamento das contas bancárias de terceiros, onde eram efetuados os depósitos da vantagem econômica exigida da vítima”, relatou.
Sobre o “golpe dos nudes”
A princípio, no dia 12 de julho de 2021, uma mulher entrou em contato com o homem através da rede social Facebook, usando um perfil falso com o nome de “Carol Costa”. Em seguida, eles passaram a conversar pelo aplicativo de mensagem WhatsApp.
A partir desse momento, a golpista enviou diversas fotos íntimas a vítima. A mesma pediu retribuição das imagens, porém, o homem não retribuiu e a comunicação entre ambos encerrou. No entanto, no dia seguinte a tarde, a vítima passou a receber ligações do mesmo número de telefone.
Contudo, quem falava desta vez era um homem, que se apresentou como “Paulo”. O mesmo afirmou que a suposta “Carol Costa” era menor de idade e havia apanhado da mãe por conta da conversa que havia acontecido.
Também, o susposto “Paulo” chegou a falar que havia acionado o Ministério Público e a polícia para prendê-lo. Tal qual, sob a acusação de prática do crime de pedofilia. Além disso, o mesmo relatou que detinha fotos da família da vítima, como de sua filha, genro e netos, e ameaçou prejudicar sua imagem perante os familiares com a divulgação da conversa.
Nesse sentido, foi exigido da vítima um depósito no valor de R$ 2 mil, que foi realizado no dia 14 daquele mesmo mês em conta de terceiros. Na sequência, exigiram outro depósito de R$ 2,8 mil, que foiefetuado no dia seguinte. Além disso, no dia 16 de Julho foi solicitado mais um depósito de R$ 2 mil, que também foi efetuado.
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