Estudo de imagens de 1991, que antes não era possível, revela atividade vulcânica pesada no “gêmeo maligno” da Terra
Cientistas e pesquisadores do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA estão estudando dados de imagens do ano de 1991, quando a sonda Magellan sobrevoou o planeta Vênus. Na época, os dados eram impossíveis de serem decodificados, por possuírem 1.200 gb de tamanho.
Agora, com todas as tecnologias atuais disponíveis, os pesquisadores estão conseguindo observar as imagens e processarem, para criar resultados nítidos e precisos. Com isso, eles detectaram uma assustadora atividade vulcânica em Vênus, que se estende por dois km e possui profundidade de um prédio de 58 andares.
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A fissura se encontra próxima ao maior vulcão do planeta, o Maat Mons. Na primeira imagem batida pela sonda, a fissura estava apenas formada na superfície. Em outra imagem, tirada cerca de oito meses depois, o local estava transbordando de, aparentemente, lava.
Robert Herrick, geólogo da Universidade do Alasca, é um dos cabeças do estudo. Segundo ele, essa é a prova mais conclusiva, até o momento, de que Vênus está “vivo”:
“Até agora, haviam evidências apenas indiretas de vulcanismo em Vênus. Há indícios de reações químicas que apontam para erupções e outros dados geológicos de atividade, mas não se pode saber se aconteceram há milhares de anos ou se estão acontecendo agora. Nosso trabalho mostra uma nova estrutura vulcânica, que se formou em oito meses de 1991, e é a prova mais conclusiva de uma erupção no planeta” – pontuou Herrick.
Vênus é considerado um “gêmeo maligno” da Terra por possuir praticamente o mesmo tamanho e massa do nosso planeta. Maligno porque ele produz um efeito estufa brutal, que acabou com todo o planeta em tempos muito remotos, mas que dura até hoje e não tem previsão de fim. Com isso, os cientistas acreditam que Vênus já chegou a ser habitável no passado distante, com vegetação e mares.
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