Processo de afundamento passou por muitos impasses e contou com envolvimento de ONGs ambientais
Na última sexta (3), a Marinha do Brasil afundou, no Oceano Atlântico, o navio porta-aviões São Paulo. A embarcação retornou da Turquia após conflito com a empresa privada MSK, que abandonou o navio ao descobrir a presença de amianto, material considerado tóxico.
Proibido de atracar em Pernambuco pelo mesmo motivo, o porta-aviões ficou vagando pela costa brasileira enquanto esperava decisões de órgãos brasileiros.
LEIA TAMBÉM:
O Ministério Público Federal (MPF) pediu o cancelamento da decisão de afundar o navio, alegando que o amianto causaria grave risco ambiental no mar. O Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-5) negou o pedido e ordenou a ação, coordenada pela Marinha do Brasil.
Cerca de 9,6 toneladas de amianto e 644 toneladas de outros materiais potencialmente perigosos foram afundados no Atlântico. O Ibama acompanhou todo o processo com certa preocupação pela vida marítima.
Em nota oficial, a Marinha do Brasil comentou sobre o fato:
“O procedimento foi conduzido com as necessárias competências técnicas e segurança pela Marinha do Brasil, a fim de evitar prejuízos de ordem logística, operacional, ambiental e econômica ao Estado brasileiro. As análises consideraram aspectos relativos à segurança da navegação e ao meio ambiente, com especial atenção para a mitigação de impactos à saúde pública, atividades de pesca e ecossistemas” – afirmou a Marinha.
Mais detalhes oficiais apontam que a região onde agora o navio se encontra possui 5 mil metros de profundidade e está fora das áreas de proteção ambiental. Além disso, a região ainda se encontra dentro da Zona Econômica Exclusiva do Brasil.
Sugestão de pauta