Porta-voz de Moscou afirma que o Ocidente se esquece que a Rússia é uma potência nuclear e diz que vai “incinerar” os equipamentos doados
Desde a última semana, os EUA e países da Europa estão em um impasse sério. A Ucrânia pediu por frotas de tanques de guerra para segurar as invasões russas em Donbass, mas o envio deles pode significar uma escalada no conflito por toda a Europa.
Os tanques de guerra em questão são os Leopard-2, da Alemanha. Eles são os mais potentes da Europa na atualidade. Países como a Polônia, Estônia, Lituânia e Letônia já confirmaram o envio dos tanques para a Ucrânia e pressionam a Alemanha para fazer o mesmo.
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Com medo de uma retaliação russa, a Alemanha insiste que mandará os tanques somente se os EUA enviarem os seus primeiro. O Pentágono afirmou que ainda não é o momento para o envio de tal armamento, e que já enviou a bateria antiaérea Patriot, o que deve ser o suficiente.
Desde o fim da Segunda Guerra Mundial, a Alemanha se restringe a enviar armamentos pesados de qualquer nível para qualquer país. A situação entre Ucrânia e Rússia pode se tornar um evento global em questão de “poucas fagulhas”.
Boris Pistorius, ministro da Defesa na Alemanha, comentou sobre o envio dos tanques Leopard-2:
“Há bons motivos a favor e contra as entregas, e tendo em vista a situação global de uma guerra que já dura quase um ano, todos os prós e contras têm de ser pesados cuidadosamente” – afirmou o ministro.
O país já enviou cerca de 40 veículos blindados leves para o conflito, mas teme enviar os mais pesados e letais. Em resposta à todo o Ocidente, a Rússia afirma que irá “incinerar” todos os equipamentos doados em combate. O porta-voz de Moscou, Dmitry Peskov, reafirmou a ameaça nuclear em caso de derrota da Rússia:
“Baladeiros políticos subdesenvolvidos repetem como mantra: ‘Para obter a paz, a Rússia precisa perder’. Nunca lhes ocorre a conclusão elementar: a derrota de uma potência nuclear numa guerra convencional pode levar à guerra nuclear. Potências nucleares não perdem conflitos em que seu destino está em jogo” – incitou Peskov.
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