Agência espacial norte-americana visualiza um futuro próximo onde humanos viverão na Lua, além de facilitar missões para Marte
Nos últimos tempos, a NASA vêm planejando, além do retorno da humanidade à Lua, a sua permanência no satélite natural da Terra. Desde 2021 a agência espacial norte-americana segue fechando parcerias com empresas terceirizadas de tecnologia, para o desenvolvimento do que for necessário para fazer o plano acontecer.
Através do programa Artemis, que será composto por várias missões (semelhante ao programa Apollo, que levou o primeiro humano a pisar na Lua nos anos 60), a NASA visa cumprir com estas ideias. Construir qualquer coisa na Lua não será fácil por conta da baixíssima gravidade, em comparação com a Terra:
“Para explorar outros mundos, precisamos de novas tecnologias inovadoras, adaptadas a esses ambientes e às nossas necessidades de exploração. Impulsionar esse desenvolvimento com nossos parceiros comerciais criará os recursos de que precisamos para futuras missões”, afirmou Niki Werkheiser, diretor do STMD da NASA.
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Entre as empresas contratadas, está a australiana Astroport Space Technologies, especializada em impressões 3D. Fundada em 2020, eles sempre visaram construir coisas na Lua utilizando de regolito, um minério específico do solo lunar. Em 2021, a NASA os contratou para pensarem em formas de construir plataformas de pouso no satélite.
Outra empresa contratada pela agência espacial é a ICON. Eles costumam também trabalhar com impressões 3D, mas indo além de usar somente rigolito. Misturando o minério lunar com titânio, eles podem criar um material ultra durável e resistente.
A ICON chegou a construir um habitat 3D para a permanência do ser humano em Marte. Observando esses trabalhos, a NASA decidiu contratá-los para o programa Artemis.
Jason Ballard, CEO e cofundador da ICON, comentou sobre os desafios na Lua:
“Para mudar o paradigma da exploração espacial de “ir lá e voltar” para “ir lá para ficar”, vamos precisar de sistemas robustos, resilientes e amplamente capazes que possam usar os recursos locais da Lua e outros corpos planetários. Estamos satisfeitos que nossa pesquisa e engenharia até o momento tenham demonstrado que tais sistemas são realmente possíveis, e esperamos agora tornar essa possibilidade uma realidade.
“A entrega deste contrato será a primeira construção da humanidade em outro mundo, e isso será uma conquista muito especial”, finaliza.
Por fim, a NASA não visa somente a permanência dos humanos na Lua, mas também alcançar o planeta Marte. A agência também quer cumprir com o plano de permitir que humanos vivam também no planeta vermelho, expandindo o domínio da nossa raça pelo Sistema Solar. O lançamento de foguetes diretamente da Lua será muito mais fácil do que na Terra, por conta da baixa gravidade, permitindo que o foguete decole com apenas um pequeno impulso. A manobra será bastante econômica, pois gastará muito menos combustível que o normal.
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