Para confirmar sua versão, o dono mandou realizar uma necropsia no animal.
Nos últimos dias, o caso de um cão da raça Pitbull abatido pela Polícia Militar, viralizou nas redes sociais. O caso ocorreu no bairro Tiroleses em Timbó, no Médio Vale do Itajaí.
Primeiramente, a Polícia Militar informou que o Pitbull estava na via, onde matou um outro cão do vizinho. Foi relatado também que o cão atacava as pessoas e tentou atacar os policiais. Ou seja, por esse motivo, ele acabou sendo abatido.
Em contato com o Portal Misturebas, o proprietário do Pitbull relatou uma versão diferente dos policiais. Confira abaixo os detalhes narrados por ele com exclusividade:
Meu cão escapou até na casa do vizinho, onde matou o cachorro dele. Logo em seguida veio a acionar a polícia. A Polícia foi até no local e viu o cão morto. Ninguém me chamou na hora, pois pelo fato de meu carro não estar na garagem, acharam que não havia ninguém. Os policiais aproveitaram, pensando que eu não estava, e atiraram na perna do Pitbull na frente da minha casa. Em seguida, o Pitbull veio pra dentro do terreno, especificamente na varanda, explicou o proprietário do Pitbull.
“Eles não tinham nenhuma ordem judicial, nenhuma autorização, relatou indignado o proprietário.”
A princípio eu estava dormindo, quando eles começaram a atirar contra o Pitbull, vindo a acertar vários tiros na cabeça. Ainda mais, um tiro, inclusive, acertou uma das paredes onde estava dormindo uma criança de 7 anos, já outro tiro acertou na parte de trás do banheiro. Acredito que foram entre 8 a 10 tiros disparados.
“Eu tenho uma testemunha que o cão não estava pulando em ninguém como a polícia relatou.”
No quintal também temos uma cadela de porte menor, que devido aos tiros, começou a latir. Neste momento eu acordei e fui até o quarto do meu filho, que estava dormindo. Eu vi o policial atirando por cima dela para ela parar. Em certo momento, ela acabou escapando da sua corrente.
Quando eu fui pra fora de casa, os policiais não sabiam o que fazer, pois pensavam que eu não estava em casa. Lembro que um dos policiais mandou meu vizinho juntar as cápsulas das balas e jogar fora, pra ninguém ver.
“Como eu iria ir lá fora, com aqueles tiros todos, capaz de levar uma bala perdida.”
Contudo, me mandaram enterrar o meu cão que havia sido abatido e foram embora. Aliás, lá pelas 8 e pouco, eles voltaram com o Boletim de Ocorrência pra eu assinar. No entanto, eu estava nervoso naquele momento, assinei e acabei não lendo nada. No B.O fala que meu cão escapou várias vezes, que sofria de maus tratos, é tudo mentira.
Afinal, após ver meu cachorro cheio de sangue e morto, acabei enterrando ele no quintal de casa. Horas depois, em contato com uma amiga, essa me deu algumas orientações, onde uma delas era desenterrar o cão e fazer uma necropsia – é um exame essencial para a determinação da real causa de morte de um animal. Este exame oferece informações de grande relevância tanto para o proprietário quanto para o médico veterinário, sendo imprescindível em casos de óbito de animais com potencial jurídico.
O proprietário, que tem 22 anos, também relatou ao Portal Misturebas que o Pitbull tem 1 ano e 8 meses, e não 6 meses como consta no B.O feito pela polícia. Por fim, fiz um Boletim de Ocorrência nesta quarta-feira (15) e agora é só aguardar o resultado da necropsia.
Sugestão de pauta