A máscara, batizada de Phitta Mask, também é eficaz contra a variante Delta.
Uma empresa de Rio dos Cedros, no Médio Vale do Itajaí, criou uma máscara que mata o vírus da Covid-19 e também é eficaz contra a variante Delta.
Em meio a pandemia, a empresa Phitta buscou inovar e através de um produto com princípio ativo denominado Phtalox, criou a máscara denominada como Phitta Mask. O produto utilizado nas máscaras age como uma “água oxigenada”: a substância interage com o oxigênio no tecido, tornando-o mais reativo, o que faz com que ele oxide o vírus.
Em abril de 2020, uma primeira fase de testes específicos foi realizada e a eficiência da Phitta Mask foi estabelecida em 98,75% na inativação viral. Nos testes finais, comprovou-se que a tecnologia aplicada na confecção permite alcançar 99,9% na eliminação de vírus e bactérias, entre eles o SARS-CoV-2/COVID-19.
Em comparação com as máscaras cirúrgicas comuns, que são trocadas a cada 2 ou 3 horas, a tecnologia utilizada pela empresa catarinense permite que sua máscara possa ser utilizada durante 12 horas. Além disso, pelo fato da máscara eliminar e ficar livre do vírus, após o seu uso ela pode ser descartada em lixo comum.
Conforme relatado pelo fundador da empresa, Sérgio Bertucci, à jornalista do Portal Exame, “É uma tecnologia brasileira, desenvolvida aqui. Estamos conversando com outros países e vamos começar a exportar”, afirma o fundador.
Após a conclusão dos testes e juntamente com outros dois sócios, foi dado inicio à produção das máscaras. Inicialmente a empresa possuía sete funcionários e em pouco tempo, aumentou para 75 funcionários. Atualmente a empresa produz cerca de 6 milhões de unidades da máscara por mês e segundo o fundador, se fossem se fabricadas 20 milhões de unidades, haveria demanda.
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“Tivemos que ser muito ágeis nesse processo. Criar um produto exige inteligência, mas fazer com que ele se torne realidade e entregar no prazo correto demanda muita energia. Hoje fabricamos 6 milhões, mas se fabricássemos 20 milhões de unidades, haveria demanda”, afirmou ao Exame.
Atualmente grandes empresas como a Siemens, Coca-Cola, Nestlé, Danone e entre outras, já fazem uso das máscaras produzidas pela empresa catarinense que, além de possuir resultados positivos em relação ao combate do vírus, gera uma grande economia, visto que, antes os funcionários trocava de máscaras no máximo à cada 3 horas. Agora, cada funcionário utiliza apenas uma máscara por dia.
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Ainda conforme o fundador da empresa, os planos são para expandir o uso da tecnologia além das máscaras e da pandemia. Uma das possibilidades estudadas é aplicar o uso do produto na criação de aventais para o uso hospitalar.
“Hoje, o médico ou enfermeiro precisa trocar de avental a cada paciente atendido. Isso gera uma enorme quantidade de resíduo. Com a nossa tecnologia, ele vai poder usar o mesmo avental por 12 horas, vai ficar protegido e vai gerar economia”, afirma Bertucci.
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