O ex-namorado da paciente morreu de Aids, mas ela não possuía o vírus causador da doença, diz especialistas.
Chamada pelos médicos de “Esperanza”, mulher argentina curada do vírus HIV representa um avanço nas pesquisas pela cura da Aids, e pesquisadores ao redor do mundo se animam com a descoberta.
O grupo responsável pela pesquisa analisou bilhões de células e tecidos da paciente, e concluíram que, há oito anos a paciente estava em remissão. Tal descoberta gera esperança e expectativas para as 38 milhões de pacientes que vivem com o diagnóstico do vírus.
A descoberta foi anunciada por um grupo de médicos de Harvard, realizado em um encontro internacional com especialistas em HIV, que ocorreu em março deste ano. Eles revelaram que a paciente, que teve o ex-namorado morto em decorrência da Aids, não possuía o vírus que causa a doença. Essas descobertas foram confirmadas recentemente pela revista científica Annals of Internal Medicine.
Existe outro caso semelhante de cura parecido com o da paciente argentina. A norte-americana Loreen Willenbeg, de 67 anos, apresentou remissão no ano passado. Há outros dois casos considerados como cura, sendo de pacientes que tiveram câncer e receberam transplante de medula óssea com doadores diagnosticados com HIV, e como consequência, eliminaram o vírus.
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A médica Xu Yu, integrante do Ragon Institute, que reúne pesquisadores do Massachusetts General Hospital, do MIT e da Universidade Harvard, nos EUA, comenta sobre o encontro do segundo paciente infectado com HIV não tratado que não tem genomas de HIV intactos.
“Essas descobertas, especialmente com a identificação de um segundo caso, indicam que pode haver um caminho acionável para uma cura esterilizante para pessoas que não são capazes de fazer isso por conta própria”.
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