O rim veio de um porco que havia sido geneticamente modificado para impedir que o órgão fosse reconhecido pelo corpo como "estranho" e rejeitado.
Que a medicina tem transformado o cenário dos pacientes não é nenhuma novidade, a ciência prova a todos os anos o tanto que é eficaz e capaz de descobrir novos métodos de salvar vidas.
Desta vez, os médicos conseguiram um feito inédito e transplantaram o rim de um porco e o fizeram funcionar em um corpo humano. Os médicos pesquisadores, são do Instituto de Saúde Langone, da Universidade de Nova York.
O receptor do transplante foi um paciente humano com morte cerebral declarada. A escolha por uma pessoa com essa condição se deu porque se trata de um teste, logo, não seria ético realizá-lo com uma pessoa consciente.
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A família do receptor, que desejava ser doador de órgãos, autorizou a cirurgia.
Usar porcos para transplantes não é uma ideia nova. As válvulas cardíacas de porco já são amplamente utilizadas em humanos. Seus órgãos também têm tamanhos semelhantes aos nossos.
A modificação genética no porco foi feita para que ele pudesse desenvolver um rim que fosse aceito por um corpo humano. Durante a cirurgia, o órgão foi ligado aos vasos sanguíneos do paciente na parte superior da perna, fora do abdômen, onde os pesquisadores observaram que ele estava funcionando.
Em entrevista ao New York Times, o professor de cirurgias de transplante da Escola de Medicina da Universidade Johns Hopkins Dorry Segev, relatou que se trata de um grande avanço, porém, que ainda é necessário observar qual será a longevidade do órgão para confirmar a eficácia do procedimento.
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