O homem de 30 anos relatou através de denúncia a polícia que sofreu preconceito em seu ambiente de trabalho. O inquérito já foi aberto.
Makendro Loute, de 30 anos, relatou ter sofrido xenofobia na indústria em que trabalha. O boletim de ocorrência foi aberto no dia 6 de outubro, data em que o fato teria acontecido.
A vítima trabalha no turno da noite na indústria e seu horário de trabalho se encerra por volta das 5h da manhã. Em razão do frio que tem feito no estado, estava usando touca e jaqueta.
A vigilante da empresa teria solicitado que o mesmo retirasse em função de normas da empresa, entretanto, Makendro afirma não ter escutado o pedido da vigilante. Em seguida seu amigo, também haitiano, teria avisado o homem da solicitação.
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“Quando eu tirei, ela disse ‘esses haitianos aí’, e mais algumas palavras que não consegui entender”, relatou o funcionário.
No dia seguinte, o operador de produção disse que buscou a coordenação da empresa para falar sobre o caso, próximo ao horário de deixar a empresa.
Na descida das escadas do escritório, colegas o disseram que ouviram outra situação de preconceito:
“O outro segurança falou para outro que estava do lado, ‘não é a primeira vez que essa raça de haitiano dá problema”, explicou.
O crime de xenofobia está previsto no código penal brasileiro, descrito no art. 20 da Lei nº 7716/1989, que define os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.
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