Os promotores alegam que o homem contribuiu com disparos contra prisioneiros e causou a morte de outros através do gás venenoso.
Nesta quinta-feira (07), um ex-guarda que atuou no campo de concentração de Sachsenhausen, vai a julgamento na Alemanha por acusação de contribuição na morte de mais de 3 mil pessoas durante a Segunda Guerra Mundial. O homem possui 100 anos e atuou como guarda na torre de vigia entre os anos de 1942 e 1945.
Os promotores acusam o idoso, que fez parte do partido nazista, de ter contribuído no assassinato de 3.518 pessoas que estiveram presas no campo de concentração de Sachsenhausen. De acordo com os médicos, o homem só poderá ser julgado em sessões limitadas a duas horas e meia por dia. O ex-guarda não teve a identidade revelada devido as convenções alemãs sobre o relato de julgamentos dos crimes.
Os promotores alegam que o homem contribuiu com disparos contra os prisioneiros e causou a morte de outros com o Zyklon-B, o gás venenoso que era utilizado nos campos de extermínio, onde milhões de judeus foram assassinados durante o Holocausto.
O tribunal em Neuruppin, próximo a Berlim, disse em comunicado que o homem contribuiu em assassinatos cruéis e traiçoeiros, além de criar e manter condições de risco de vida no campo onde os prisioneiros eram mantidos.
Ex-guardas passaram a ser acusados nos últimos anos por cometer e contribuir no assassinato de judeus durante a Segunda Guerra Mundial. Os homens são idosos agora, mas em 2011, uma decisão judicial abriu caminho para que estes processos finais fossem levados adiante, declarando que mesmo aqueles que contribuíram indiretamente nos assassinatos durante a guerra, sem ao menos puxar um gatilho ou dar uma ordem, deve, arcar com a responsabilidade dos crimes cometidos.
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Em 1936, Sachsenhausen foi inaugurado como um dos primeiros campos de concentração nazistas, e também foi um campo de treinamento para guardas da SS que foram servir em outros campos, como Auschwitz e Treblinka. Outros mortos em Sachsenhausen foram combatentes da resistência holandesa e oponentes políticos internos dos nazistas.
Com informações da CNN
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