A aeronave, que é de origem italiana, foi apreendida após o empresário e dono da aeronave sonegar impostos.
O Piaggio P180 Avantti II é um avião executivo com um design especial, seguindo uma prática similar ao que a Ferrari faz em seus carros esportivos.
O avião chama a atenção pelo motor, que é virado para trás, com hélices propulsoras e não tratoras como é a configuração típica, ele tem também uma asa na parte traseira e conta com os canards iguais aos dos caça Gripen da FAB – esses são pequenas asas na frente da aeronave, que cumprem a função de estabilizadores horizontal.
O modelo chamou muito a atenção do empresário goiano Djalma Rezende, dono de um grande escritório de advocacia na capital de Goiás. Ele comprou a aeronave em 2012, através da Algar Aviation, num evento que reuniu mais de 500 convidados, dentre eles Felipe Massa, na época piloto de Fórmula 1 da Scuderia italiana. Inclusive, a compra lhe deu direito ao uso de símbolos da fabricante de carros italiana.
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A festa virou notícia em vários jornais e o empresário sempre aparecia na TV. Inclusive, os convidados para foram transportados até Goiânia a bordo do próprio P180, de matrícula PP-DLA, que acabou sendo uma das atrações do evento.
No entanto, três anos depois veio uma má notícia: o avião foi apreendido pela Receita Federal por suspeita de sonegação de imposto, mas não por parte do advogado, e sim da Algar Aviation.
PROPOSTA NOVA
A empresa fez uma nova proposta de venda da aeronave para o empresário, que por sua vez fechou negócio, celebrado na festa de entrega. Porém, para a Receita Federal, a Algar alegou que o turboélice seria para uso próprio no ramo de táxi aéreo, sendo adquirido através de leasing (aluguel) da empresa americana SFG Aircraft.
O empresário, inclusive, fez três pagamentos antecipados. Numa reportagem da TV Record ele compartilhou sua versão e explicou que não sabia que não era o dono do avião. Para ele, toda a documentação indicava que ele estava comprando o turboélice.
A Algar teria sonegado metade do IPI devido, além de ter vendido um avião do qual não era a dona e que até hoje consta na ANAC como proprietária, mesmo depois do contrato de aluguel entre a Algar e a SFG ter terminado em 2015. Para piorar, com o fim do contrato, o turboélice deveria ter sido devolvido.
Um dos donos da Algar teria admitido depois que realmente foi um erro da Algar, já que ela não era operadora do avião. A empresa até chegou a voltar atrás e dizer que não vendeu.
A desculpa, no entanto, não colou e a aeronave agora vai à leilão, a fim de pagar as dívidas.
O leilão já está aberto para propostas e o lance mínimo é de R$ 13,9 milhões de reais. Os interessados podem ver o lote e dar o seu lance clicando no link abaixo:
http://www25.receita.fazenda.gov.br/sle-sociedade/portal/edital/130100/3/2021/lote/1
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