No geral, nota-se um quadro de melhora em todo o estado.
A Matriz de Risco Potencial divulgou neste sábado (25), pela primeira vez no ano pelo governo de Santa Catarina, as regiões que não apresentam risco gravíssimo (cor vermelha), pelo corona vírus. Apenas a região nordeste está em risco grave (cor laranja), 13 regiões apresentam risco alto (cor amarela) e três foram reclassificadas para o risco potencial moderado (cor azul).
Nesta semana, a matriz apresentará uma nova região de saúde, a do vale do Itapocu, que é uma região separada da nordeste. Sua introdução foi definida em reunião da Comissão de Intergestores Bipartite.
“Dessa forma, nós ganhamos mais uma região na matriz e os indicadores que eram relativos à região Nordeste se dividem mostrando um certo alívio, principalmente do indicador de UTI”, explica Bianca Vieira, diretora de Tecnologia da Informação e Governança Eletrônica (DITIG).
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MATRIZ DE RISCO DE 25/09/2021
É observado que o indicador de variação semanal, pelo grande monitoramento, sofreu alteração devido às correções feitas pelo Ministério da Saúde.
“Já esperávamos essa interferência devido ao aumento de casos confirmados, principalmente do ano de 2020 e começo de 2021, que ainda não haviam sido computados. Como houve esse acréscimo bastante intenso de dados, esses indicadores pioraram um pouco. Mas é uma correção técnica que não afeta a situação do estado e ela deve se estabilizar na próxima semana, não havendo mais interferência nesse indicador”, pondera Bianca.
As regiões em risco alto são: Alto Uruguai Catarinense, Alto Vale do Itajaí, Alto Vale do Rio do Peixe, Carbonífera, Extremo Oeste, Extremo Sul, Foz do Rio Itajaí, Grande Florianópolis, Laguna, Médio Vale do Itajaí, Oeste, Planalto Norte e Xanxerê. As regiões do Meio Oeste, Serra Catarinense e Vale do Itapocu foram classificadas em risco potencial moderado.
O objetivo principal da matriz de risco é justamente ser uma ferramenta para a tomada de decisões. Assim, os ajustes são necessários aos dados que possuem deslocamento
O principal objetivo da matriz de risco é ser uma ferramenta de tomada de decisão, portanto, ajustes são necessários. Assim, devido aos artefatos nos dados obtidos de outras instituições que tiveram contagens recentemente corrigidas, foi realizado um ajuste de cenários. A nota final do mapa de risco considera um intervalo de variação mais adaptado para cada nível, sendo de 1 a 1,9 como moderado, 2 a 2,9 como alto, 3 a 3,9 como grave e igual a 4 como gravíssimo.
“É uma expectativa bastante alta de que essa melhora continue nas próximas semanas, sempre reforçando que depende da população se vacinar com a primeira e a segunda dose, afinal a imunização só vem com a segunda dose ou com a dose única”, comenta a diretora da DITIG.
Segundo Bianca Vieira, esse é um cenário geral de Santa Catarina bastante animador frente a todas as situações já vividas durante a pandemia, mas alerta.
“Não significa que não teremos mais uma onda. Pelo que observamos do cenário internacional, mesmo os locais vacinados tendem a ter mais uma onda de casos, mas não necessariamente de óbitos. É esperado que venhamos a observar um certo aumento de casos nos próximos meses, a partir de outubro. Porém deve-se ter atenção para se vai haver ou não aumento de óbitos, pois esse indicador no momento teria haver com a situação da vacinação no estado, a qual está bastante avançada”.
MATRIZ EM UM FORMATO NOVO
A matriz de risco para a Covid-19 desta quarta semana de setembro de 2021 começa a ser apresentada em um novo formato estético, em painéis. Construído pela equipe da DITIG, na sala de situação, a apresentação dos dados é mais dinâmica, seguindo as mesmas informações, cálculos e indicadores definidos na última alteração que houve em 31 de julho de 2021.
Foram elaborados sete painéis com as informações do Mapa de Risco para Covid-19 em Santa Catarina. O primeiro possui uma apresentação sobre o mapa e as dimensões, no segundo dois mapas, um da dimensão Gravidade e outra da Transmissibilidade, no terceiro, um mapa da dimensão Monitoramento e outro da Capacidade de Atenção, o quarto painel apresenta as classificações das dimensões e do mapa das 17 regiões, o quinto mostra as notas dos indicadores das regiões, o sexto mostra os dados brutos que foram parâmetros para as notas dos indicadores e o sétimo painel com as explicações de como funciona o Mapa de Risco para a Covid-19 no estado.
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