A gestante havia sido golpeada com tijoladas e ficou desacordada; momento que o bebê foi retirado.
O juízo da Vara Criminal da comarca de Tijucas marcou a data, o horário e o local para o julgamento da mulher acusada de matar a “amiga” para retirar um bebê de seu ventre, em agosto de 2020, em Canelinha. O magistrado José Adilson Bittencourt Júnior marcou a sessão do Tribunal do Júri para o dia 20 de outubro de 2021, às 8h, na Câmara de Vereadores do município de Tijucas. Todos os presentes deverão utilizar máscaras, manter o distanciamento e a higiene das mãos, além dos protocolos da Diretoria de Saúde do Judiciário catarinense.
Em função da pandemia da Covid-19, o acesso à sessão será restrito. Apenas as partes, as testemunhas, os jurados, os advogados, os membros do Ministério Público, os agentes de segurança, os auxiliares da Justiça e os defensores públicos inscritos para o julgamento terão a entrada permitida. Caberá ao magistrado decidir pela possibilidade de acesso dos familiares da vítima e da acusada.
A mulher, que aguarda o andamento do processo presa, será julgada pelo crime de homicídio contra a “amiga”. Ela também responderá por tentativa de homicídio contra o bebê, subtração de incapaz, parto suposto, fraude processual e ocultação de cadáver. Os crimes contra a vida são qualificados por motivo torpe, meio cruel, traição, para ocultar outro crime e por ser contra uma mulher.
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Segundo a denúncia do Ministério Público (MP), a acusada planejou a morte da “amiga” para ficar com o bebê, porque simulava uma gestação no mesmo período. Então, a acusada convidou a vítima para um chá de bebê, mas a levou para uma cerâmica desativada. Ainda de acordo com a investigação, a gestante foi golpeada por tijoladas e ficou desacordada. Após, a acusada teria pego um estilete e retirado o bebê do ventre da vítima, que morreu de hemorragia.
A acusada teria ligado para o marido e informado sobre a suposta gestação fora de hora. Todos foram para o hospital de Tijucas, onde foi constatada a falsa gestação da acusada. O MP chegou a oferecer denúncia contra o marido da acusada, mas depois entendeu pela improcedência do pleito.
O crime brutal registrado na tarde de quinta-feira (27), em Canelinha chocou o Vale do Rio Tijucas e toda região. Tamanha a brutalidade onde uma jovem identificada como Flávia Godin Mafra que estava grávida de 36 semanas, teve o seu bebê brutalmente arrancado de sua barriga e o corpo jogado em uma cerâmica desativada no bairro Galera, interior do município.
De acordo com informações da Polícia Civil naquele dia, duas pessoas envolvidas no crime foram presas, uma mulher identificada apenas como Rozalba e um homem que foi preso na cidade de São José.
Uma mulher, moradora vizinha do local onde o corpo da jovem foi encontrado, afirmou ter escutado gritos de criança por volta das 16h desta quinta, vindo da direção do local onde o corpo foi encontrado. No local, a Polícia Militar e a Polícia Civil ainda recolheram informações sobre o caso. O IGP de Balneário Camboriú fez o recolhimento do corpo.
A repercussão do caso foi gigantesca na região e formou uma grande aglomeração de pessoas, entre elas, autoridades políticas, vizinhos, familiares e a imprensa.
Ainda de acordo com informações da polícia, Rozalba teria forjado uma gravidez antes de praticar o crime brutal e extrair com uma faca, a criança da barriga de Flávia. Ela teria ainda divulgado em suas redes sociais sobre local do parto, que ocorreu em um carro e que estava tudo bem. Além disso, publicações no perfil do instagram de Rozalda mostram a pequena Cecília.
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