Por mais R$ 10,00 é possível a aplicação no local, e a mercadoria vem acompanhada de um “certificado de vacinação”
Segundo o jornal Diário do Rio e relatos nas redes sociais, camelôs localizados em Madureira, um bairro da Zona Norte da cidade do Rio de Janeiro, comercializam um suposto imunizante contra o coronavírus pelo valor de R$ 50,00. Inclusive, é possível a aplicação da fórmula desconhecida no local por mais R$ 10,00. Pelas imagens da caixa que circulam nas redes sociais, o produto é uma falsificação da vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinopharm.
Em outro caso, ainda de outubro deste ano, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) notificou uma suposta comercialização irregular da vacinas contra a COVID-19 na cidade de Niterói, também no estado do Rio de Janeiro. Na ocasião, os responsáveis pela falsificação alegavam vender a vacina de Oxford, desenvolvida pela farmacêutica AstraZeneca e pela Universidade de Oxford, no Reino Unido. Na época, a Anvisa recomendou: “Até que seja autorizado pela Anvisa, o cidadão NÃO deve comprar e utilizar qualquer vacina que tenha alegação de prevenir a COVID-19”.
Riscos de vacina ilegal contra a COVID-19
É importante saber que o uso da substância de procedência duvidosa pode causar sérios danos à saúde, já que não se sabe a sua composição. E isso pode gerar, inclusive, reações graves e até infecções, por exemplo. “Não se sabe o que foi manipulado no produto e qual substância está sendo aplicada na pessoa. É preciso ter aval da Anvisa para atestar a eficácia de vacinas e remédios. E, até o momento, nada foi aprovado no país”, explicou o presidente da Sociedade Mineira de Infectologia (SIM) e integrante do Comitê de Combate à COVID-19 em Belo Horizonte, Estevão Urbano, para o jornal O Tempo.
Além disso, quem falsifica, corrompe, adultera ou altera um produto destinado para fins medicinais comete um crime hediondo e é passível de uma pena de reclusão de até 15 anos. “Vender medicação que não está autorizado e sem fiscalização de todas as agências regulatórias é crime contra a saúde pública”, comentou o juiz aposentado Linviston José Machado.
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