A cadela Meg, uma pitbull de 7 anos, morreu na quinta-feira, 21 de fevereiro, após ser atingida por um tiro na região peitoral no quintal de uma residência Mafra, no Norte catarinense. O dono do animal, Mario Cesar Silva, registrou boletim de ocorrência do caso e afirma que um policial baleou a cachorra e não prestou socorro.
Por nota, o Comando da PM de Mafra disse que abriu inquérito e que a informação preliminar é que o policial “perseguia um marginal através do pátio de residências, ocasião na qual teria sido atacado pelo cão”. A corporação disse ainda que lamenta o fato e que vai prestar esclarecimentos após as investigações.
O delegado responsável pela investigação não foi encontrado.
De acordo com o dono, a cadela foi atingida por volta do meio-dia no bairro Buenos Aires. O animal passou por cirurgia, mas não resistiu aos ferimentos. “Eu estava saindo de casa quando soltei a cachorra no pátio. Ela faz companhia para minha avó, que mora com a gente, e tem síndrome do pânico. Ela tem medo de ladrão, de alguma coisa acontecer, e sentia mais segura com a cachorra”, conta Mario.
O dono do animal diz que ouviu um barulho e na sequência muitos gritos da avó e a cadela agonizando. Quando voltou ao pátio, contou que viu um policial com as mãos para cima, uma delas com uma arma.
“Eu fui primeiro atender a minha avó, que estava muito assustada. Daí minha mulher pegou um cobertor e começou a fazer pressão contra o ferimento da cachorra, mas estava saindo muito sangue”, diz Mario.
Na sequência, o policial saiu do pátio. Segundo Mario, o batalhão estava em atendimento de outra ocorrência, quadras abaixo de sua casa. O dono da residência buscou os policiais e, depois, uma viatura parou em frente à casa.
“O mesmo policial estava no carro. Peguei a cachorra ensanguentada e perguntei se eles podiam me ajudar, levar a cachorra no veterinário. Não sabia o que fazer. O policial riu da minha cara. Ele disse que não iria colocar a cachorra na viatura e ainda falou: cobra do Estado”, disse o dono da cadela Meg.
Ainda segundo o homem, a cachorra estava muito próxima à sua avó, o que ainda poderia ter aumentado o risco da senhora ser atingida. Após o atendimento no veterinário, o homem foi à Polícia Civil registrar a ocorrência e policiais militares foram até a sua casa registrar o boletim de ocorrência.
“Eles tentaram amenizar, dizendo que por ser dessa raça o policial tentou se defender. Mas a cachorra estava a três metros dele. Não tem que entrar e invadir a minha casa e sair dando tiro”, disse o dono do animal.
Fonte: G1 | Foto: Mario Cesar Silva
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