Os cinco tipos de queijos produzidos pelo Sítio Galo do Rio, em Timbó receberam esta semana o Selo Arte, um certificado de qualidade para produtos artesanais, que possibilita o comércio em todo o território nacional.
A entrega dos selos feita pela Cidasc (Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola) para a família Hahnebach foi marcada por muita emoção, por quem recebeu e por quem entregou também.
Isso porque a trajetória de Wilmar, Dirlene e dos filhos Alexandre, Patrícia e Alex, na produção de queijos envolve muita luta e, para quem acompanhou de perto todo o sofrimento dessa família, é impossível não se emocionar.
Uma dessas pessoas é a veterinária da Cidasc, Ester Elisa Wachholz, que participou de todo o processo de regularização da produção do sítio.
Há mais de 35 anos, a produção de queijos sempre foi a principal fonte de renda dos Hahnebach, mas, em 2019, uma denúncia ao Ministério Público causou a suspensão da produção.
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Foi uma fase difícil em que Wilmar conta ter enfrentado um processo de depressão. Mas a família se uniu ainda mais para conseguir atender todas as exigências de fabricação de produtos artesanais.
Um ano após a denúncia, o Galo do Rio voltou a produzir queijos com todas as regularizações em dia.
Atualmente, cinco tipos são fabricados no sítio:
- Queijo da Nonna: foi a primeira receita herdada de Maria, mãe de Dirlene. É o queijo mais tradicional, aquele com gostinho de vó.
- Queijo Ragazza (“moça” em italiano): foi criado por Patrícia, a filha do meio, em resposta aos desafios enfrentados na estocagem durante os verões, quando as vendas diminuíam drasticamente. Ele tem maturação de quatro meses e ganhou medalha de ouro no concurso estadual de queijos artesanais, que aconteceu este ano em Rio do Sul.
- Queijo Provolone Fresco Defumado: feito com defumação natural, ganhou medalha de prata no VII Prêmio Queijo Brasil.
- Queijo Colonial Fresco: é o carro-chefe da produção, lançado logo após a construção da nova fábrica. Com textura cremosa e sabor amanteigado, é aquele que derrete no boca, sendo o favorito de muitos clientes. Também ganhou medalha de prata no VII Prêmio Queijo Brasil.
- Minas Frescal: criado para atender pedidos de clientes que buscavam um queijo mais leve e fresco. É um um queijo branco, sem maturação, que agrada quem prefere um sabor suave.
A família produz 40 quilos de queijo por dia. A venda é feita no próprio sítio, no bairro Tiroleses, e em feiras locais.
O evento de entrega dos selos contou com a presença do vice-prefeito, Guilherme Voigt Júnior, o Tutti, e representantes do Cimvi (Consórcio Intermunicipal do Médio Vale do Itajaí).
Assista no vídeo abaixo a entrevista emocionante com Vilmar e Ester.
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